Em junho de 2011, o World News Report relatou que a ultrassonografia (US) está progressivamente substituindo ou eliminado os exames de tomografia computadorizada (TC), pois exclui os riscos da radiação ionizante e reduz custos. Estudos apresentados, em abril deste ano, durante Congresso da Sociedade Americana de Ultrassonografia (AIUM ? American Institute of Ultrasound in Medicine), revelaram que 40% dos exames de tomografia realizados nos EUA seriam desnecessários e que 2% dos casos de câncer no país estão relacionados ao uso desse tipo de radiação.
Uma ultrassonografia pode ser feita no lugar de uma tomografia no caso de uma avaliação de apêndice por exemplo. Neste caso, segundo as recentes pesquisas, o sistema de saúde americano poderia economizar US$ 1,2 bilhões e evitaria 174 mortes por câncer, em um ano.
De acordo com a médica e diretora da clínica Sonimage, Lucy Kerr, a utilização do contraste ultrassonográfico tem sido uma das técnicas usadas nos EUA na hora de identificar um linfonodo sentinela na mama, também conhecido como gânglio linfático, que indica ao médico se a doença vai se espalhar. “A medicina nuclear é radioativa, mais cara e não tem em diversos lugares no Brasil. Só falta a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberar o contraste ultrassonográfico aqui?, diz Lucy.
Está em discussão na Anvisa a revisão de uma portaria de 1995 que regulamenta a radiologia no Brasil. A nova versão do documento vai estabelecer o limite de radiação que os pacientes devem receber em um exame radiológico.
Ainda de acordo com Lucy, no caso de uma avaliação no fígado, o contraste consegue determinar a fase arterial e venosa dos nódulos hepáticos e diferenciá-los – se benignos ou malignos, dispensando, assim, uma tomografia computadorizada.
A executiva faz, ainda, uma ressalva quanto à utilização do método de contraste ultrassonográfico no Brasil. ?Diferente da tomografia, a interpretação do ultrassom é mais complexa, necessitando de profissionais muito bem capacitados?.