Mulheres jovens, de origem asiática, com seios pequenos, com implantes de silicone, ou que estejam fazendo reposição hormonal podem desafiar os limites da mamografia – que continua sendo o padrão ouro na detecção do câncer de mama. É principalmente nesses casos que o ultrassom vem sendo um importante aliado, permitindo diferenciar com mais clareza um cisto preenchido com fluido de um nódulo sólido.
Estudos realizados na Universidade de Gifu, no Japão, onde diferentemente do resto do mundo a maior incidência de câncer de mama acontece entre 30 e 50 anos, comprovaram que o ultrassom contribui para a detecção precoce da doença, reduzindo em mais de 20% a mortalidade. De acordo com o doutor Gobert Lee, coordenador do estudo, há pesquisas que apontam resultados ainda mais satisfatórios, entre 30% e 40% de redução da mortalidade.
Na opinião de Vivian Schivartche, especialista no diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium, em São Paulo, as novas gerações de ultrassom são um importante complemento à mamografia – tanto a digital, como a tomográfica. “O exame tomográfico, ou tomossíntese, é muito semelhante à mamografia convencional e é feito no mesmo tipo de mamógrafo, fazendo com que a mama permaneça comprimida por mais alguns segundos e fornecendo então essas imagens tomográficas. A vantagem dessa técnica – que ainda é recente no Brasil – é que ela possibilita enxergar o câncer numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas, que são difíceis para a mamografia convencional. Porém, em situações especiais ou quando persistem dúvidas, o ultrassom deve ser realizado como importante coadjuvante”.
A radiologista chama atenção para a evolução do ultrassom, que atingiu um nível de excelência na qualidade de imagens geradas, permitindo identificar não só detalhes anatômicos, como a mama inteira. “O grande avanço proporcionado por essas novas tecnologias sem dúvida é a detecção de tumores cada vez menores, permitindo recorrer a cirurgias menos mutilantes e resultando em maior sobrevida e melhor qualidade de vida das pacientes”.
De acordo com a doutora Vivian, a ultrassonografia é um método que não utiliza radiação ionizante, é indolor e bem tolerada pelas mulheres. “Além de auxiliar no diagnóstico precoce do câncer de mama, o ultrassom permite guiar procedimentos intervencionistas, como biópsias, e localizar lesões não palpáveis. Também é de grande utilidade na avaliação dos implantes mamários, cujo uso tem aumentado na população jovem”, diz a médica.
Fonte: Dra. Vivian Schivartche, especialista em diagnóstico da mama, médica radiologista do CDB Premium – pertencente ao Centro de Diagnósticos Brasil. www.cdb.com.br