A Comunidade Evangélica Luterana São Paulo (Celsp), mantenedora da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), vai demitir 954 funcionários dos hospitais da universidade em razão da troca de gestão das instituições de saúde. O hospital Universitário, em Canoas, assim como o Luterano e o Independência, em Porto Alegre, não serão mais administrados pela entidade. As informações são do Correio do Povo do Rio Grande do Sul (RS).
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De acordo a reportagem, a rescisão dos contratos foi viabilizada em razão da liberação de R$ 20 milhões pela Justiça Federal de Canoas (RS). O juiz Guilherme Pinho Machado repassou à Ulbra verba referente à venda de dois imóveis: um prédio em Porto Alegre, onde funcionava o Hospital Ipiranga, e a sede da Indústria Basa Farmacêutica, em Caxias do Sul, ambos de propriedade da Celsp.
Segundo o reitor da Ulbra, Marcos Fernando Ziemer, os servidores não foram demitidos antes porque a universidade não tinha verba para o pagamento dos direitos trabalhistas. No entanto, garantiu que desde que os hospitais Luterano e Independência foram fechados, há quase dois anos, os funcionários continuam recebendo os salários.
A instituição de saúde da região Metropolitana vai ser administrada por um convênio entre o grupo Mãe de Deus e a prefeitura de Canoas. Já os hospitais da Capital foram transferidos para a União em troca do abatimento de parte da dívida da Ulbra. A gestão das duas casas de saúde vai ficar a cargo do Governo Federal, que transferiu a administração do Luterano para o Hospital de Clínicas, por ter caráter de hospital-escola.
O reitor afirmou ao Correio do Povo que não há garantia de que os novos gestores recontratem os trabalhadores que serão demitidos. Ele disse que o Grupo Mãe de Deus, assim como o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, sinalizaram interesse em manter a maioria dos profissionais no quadro da nova administração, contudo.
A reitoria, assim como a Justiça Federal de Canoas, não foram informados pela União sobre prazos para a reabertura dos hospitais em Porto Alegre ou reaproveitamento dos profissionais. Na próxima semana, o titular da Vara Federal de Canoas se reúne com representantes do Clínicas para cobrar a retomada do funcionamento da instituição.
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