A exposição à radiação por exames médicos na juventude e o aumento do risco de câncer estão diretamente relacionados, de acordo com um estudo na revista “Lancet”.
O estudo analisou dados de 180 mil pessoas de até 22 anos que foram submetidas a tomografias entre 1985 e 2002 e mediu a ocorrência de câncer no cérebro e leucemias anos depois.
De acordo com os médicos do Reino Unido e dos EUA, doses de radiação equivalentes a duas ou três tomografias de cabeça aumentam em até três vezes a incidência de câncer no cérebro em relação a quem recebeu doses mais baixas.
A probabilidade de desenvolver leucemia triplica entre os submetidos a doses maiores, comparáveis a mais de cinco exames. Mas a chance de ter câncer, mesmo assim, é pequena: foram achados 74 casos de leucemia e 135 de câncer no cérebro nas 180 mil pessoas.
Para os autores, apesar de as tomografias computadorizadas serem instrumentos diagnósticos valiosos, é preciso usá-las somente quando há motivo suficiente e se outros testes com baixa radiação, como radiografias, ou sem, como ressonância magnética, não forem adequados.
Tomografias na juventude aumentam risco de câncer, diz estudo
De acordo com os médicos do Reino Unido e dos EUA, doses de radiação equivalentes a duas ou três tomografias de cabeça aumentam em até três vezes a incidência de câncer no cérebro
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