Dentro desse contexto, entender o uso específico dessas tecnologias nos estabelecimentos de saúde é fundamental para todos aqueles que empreendem ou pensam em empreender no segmento da Saúde Digital brasileiro.
O Brasil, através do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), vem produzindo estatísticas sobre as TIC desde 2005 e acaba de divulgar uma ampla pesquisa que ajuda na busca por esse conhecimento.
Durante o período de fevereiro a agosto de 2013 e ao longo de todo o território nacional, foram entrevistados 4.180 profissionais de saúde e investigados e 1.685 estabelecimentos públicos e privados, a fim de se obter uma verdadeira radiografia da saúde no país, no que diz respeito à infraestrutura e disponibilidade tecnológica.
O infográfico dessa semana apresenta algumas das principais revelações dessa pesquisa. Vamos a eles!
Um primeiro indicador positivo importante diz respeito ao fato de que 94% dos estabelecimentos de saúde no país possuem computadores, sendo que 91% já estão conectados à internet. Em contrapartida apenas 41% possuem um departamento responsável pela gestão de tecnologia da informação.
Dentre os 91% dos estabelecimentos conectados, a maior parte mantém dados digitais dos pacientes atendidos, sendo que ainda se utiliza muito pouco as TIC para manter dados clínicos desses mesmos pacientes – a maior parte dos dados eletrônicos armazenados diz respeito a dados administrativos (como informações cadastrais, de admissão, de alta etc).
Do ponto de vista dos profissionais, uma informação muito relevante diz respeito ao fato de que a quase totalidade tem acesso à internet, apresentando um índice de inclusão duas vezes superior ao da média da população brasileira.
Outro dado que chama a atenção é o fato de que 29% dos estabelecimentos possuem equipamentos para realização de teleconferência e 14% participam de uma rede de telessaúde.
Por fim um dado que ratifica um aspecto que já falei aqui num dos últimos posts.
Conforme o que vem sendo preconizado pela Organização Mundial da Saúde – e em linha com os desafios que já vem sendo enfrentados por países como os EUA – para o sucesso na implantação de uma plataforma digital no setor de saúde é fundamental que se mantenha um foco especial não apenas nas questões de infraestrutura e tecnologia, mas também na qualificação dos profissionais envolvidos. É o que foi citado por 75% dos médicos e 71% dos enfermeiros ouvidos nas entrevistas.
Não deixe de ver o infográfico e, se possível, ler a pesquisa integral no site. Até a próxima semana!