Passando por um forte processo de aquisição de hospitais por todo o Brasil, a Rede D?Or tem no trabalho conjunto entre as áreas de TI e Engenharia Clínica apoio para padronizar o atendimento, especialmente em diagnóstico por imagem, nas unidades adquiridas, já existentes e em fase de planejamento. Desde 2001, o grupo adotou a radiologia digital, com o objetivo de reduzir o consumo de insumos e facilitar a manipulação das imagens, distribuição dos resultados e busca de exames, modelo que hoje já é adotado por todas as unidades hospitalares. ?A TI faz parte do comitê executivo e conhece a estratégia do negócio, por isso, sabe quando e quanto será demandada. Nas aquisições, TI e engenharia clínica participam da integração e fazem diagnósticos de todas as áreas do hospital. Depois, acompanhamos em reuniões semanais como tem sido esta interação. A locação orçamentária também é feita em conjunto. Quando surge a demanda por um novo equipamento, especialmente de imagem, a TI já é envolvida, porque se sabe que isso vai exigir um investimento da área?, explica o diretor de TI da Rede D?Or São Luiz, Marlon Oliveira, durante o Intercâmbio de Ideias ?Engenharia Clínica – Como estas duas áreas podem trabalhar alinhadas para aprimorar o uso dos recursos e prover os melhores resultados assistenciais e de negócios?, no IT Forum+. Cabe à TI e à Engenharia Clínica fazer o estudo de demandas das unidades adquiridas, com o perfil das máquinas e volumes de exames, para enquadrá-las no padrão digital da rede, que usa uma solução própria de RIS Radiology Information System e PACS (Picture Archiving Communication System), já com padrão DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine). ?Temos equipamentos de várias marcas e eles já conseguem conversar por este padrão. Nosso sistema próprio também permite integração com o HIS (Hospital Information System) e as imagens têm tráfego segregado na rede, para não impactar as outras áreas?, conta. Para Oliveira, o sucesso da integração se deve também ao fato de a equipe de TI ter pessoas com visão de negócios e estar estruturada de forma a buscar a melhoria contínua de processos. ?Quem encabeça a solução de RIS é um médico, que conhece a rede e tem visão de negócios. Também temos escritório de projetos e de processos dentro da equipe, com profissionais com certificação PMP/PMI (Project Management Professional / Project Management Institute), gerências médica, de sistemas, telecomunicações e tecnologia (banco de dados e infraestrutura) e de operações, composta por 200 pessoas, sendo 60 na área corporativa?, revela. Entre as melhorias em estudo estão a criação de uma central de laudos, interface web e aplicativo mobile para acesso e distribuição dos exames.