ncias do setor.

Um primeiro importante ponto é o aumento na utilização dos serviços diagnósticos no futuro, guiado por alguns principais direcionadores tais como o envelhecimento da população (uma pessoa idoso utiliza cerca de três vezes mais os testes diagnósticos quando comparado a um adulto jovem), o aumento de renda e o maior número de empregos formais (crescimento do número de beneficiários de saúde suplementar, que também utilizam estes serviços cerca de três vezes mais que os usuários do sistema público), o maior foco na prevenção de doenças e o maior interesse da população nos cuidados à saúde.

Em termos operacionais, temos como principal tendência um direcionamento maior do foco de gestão para a otimização de recursos, com uso de ferramentas de gestão como Lean e Sigma, maior e melhor uso da automação e das tecnologias digitais e o foco crescente nos Sistemas de Gestão da Qualidade. Neste aspecto, a visão será na geração de valor dos processos produtivos como forma de sustentação do negócio.

O acesso aos testes de maior complexidade, tais como PET-CT e os testes farmacogenéticos de alta performance, deverá crescer pela tendência de cobertura destes pelo setor privado, enquanto que para os testes habituais deveremos observar uma crescente na terceirização de serviços públicos para prestadores privados.  O endosso da desospitalização como benefício aos pacientes deverá criar uma pressão de mercado e de tecnologia para uma maior convergência e integração de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, tendência que poderá ser liderada pelos prestadores de serviços de medicina diagnóstica em âmbito ambulatorial.

A integração das especialidades diagnósticas em centros com alta abrangência geram maior conforto aos pacientes (conceito one-stop-shop) e maiores possibilidades de otimização de recursos. Como contraponto, temos também um importante crescimento dos segmentos de nichos, com empresas especializadas e subespecializadas. Em qualquer modelo, temos uma modificação importante na expectativa dos clientes para um melhor atendimento, maior resolubilidade, facilidades, etc.; pressionando o foco de gestão do técnico também para o cuidado com o cliente.

Ao olharmos para o mercado de medicina diagnóstica deveremos observar a continuação da consolidação em grandes centros, a formação de associações e clusters regionais, o crescimento significativo do mercado de apoio e referência (business-to-business) e o surgimento de novos players. Em longo prazo, modificações nos modelos de relacionamento comercial devem ocorrer.

Nota-se, portanto, que as dinâmicas atuais pressionam as empresas e o setor como um todo para uma adaptação significativa para seu crescimento e absorção de demanda e tecnologias que estão por vir.