Mesmo que tardiamente quando comparada à indústria, a área de Suprimentos Hospitalares tem ampliado o uso de inovações ou instrumentos tecnológicos em prol da eficiência, segurança e exatidão de seus processos.No que se refere à linha de frente da cadeia distribuição, já não é tão raro encontrarmos nas Farmácias equipamentos ou acessórios tais como dispensários eletrônicos, máquinas de fracionamento, palm tops, smartphones e até tabletes como complementos importantes aos controles via códigos de barras, já aplicados há alguns anos.Mais do que mitigar as falhas de estoque, estas ferramentas tem sido capazes de aliviar o esforço dos operadores nas tarefas de dispensação de materiais e medicamentos, gerando agilidade, ganhos no desempenho produtivo  e, principalmente, a implantação de critérios preventivos de segurança a pacientes e profissionais da saúde.Nos Almoxarifados, a troca eletrônica de dados (EDI) e a ampliação dos recursos para gestão do armazenamento e reposição de produtos têm economizado alguns milhares de reais ao longo da cadeia, seja através da diminuição da mão-de-obra efetiva necessária para a manutenção das operações, seja em uma melhor dosagem das políticas de ressuprimento ou, simplesmente, por meio da redução do uso de papel.Em Compras, as mudanças envolvem desde a aplicação de instrumentos on-line de cotação e/ou leilão via Internet, passando pelo uso de interações eletrônicas entre o cliente final e o fornecedor (VMI ou outsourcing) e, mais recentemente, as opções de bancos de dados de OPME?s, sem os quais se tornaria quase impossível gerenciar corretamente os  mais de 60 mil itens disponíveis no mercado nacional, frente às demandas de preparação de orçamentos prévios para operadoras, cobranças em contas hospitalares e faturamentos dos produtos utilizados em cirurgias.Vale aqui o registro de que uma fatia considerável dos gestores tem buscado estes avanços em ferramentas avulsas aos ERP?s disponíveis nas suas empresas. Isto, talvez, porque estes sistemas tenham sido concebidos com uma visão assistencial mais próxima à rotina de tratamento dos pacientes do que nas áreas de apoio que sustentam a estrutura. Porém, é visível que a preocupação com a evolução destes recursos cresce proporcionalmente ao entendimento estratégico que a cadeia de Suprimentos vem conquistando. Fato é que hoje, a discussão sobre utilizar ou não os recursos tecnológicos foi substituída pela análise das alternativas disponíveis, sem as quais, fica muito difícil garantir um abastecimento pleno, seguro e financeiramente viável.