O último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta dados sobre os esforços mundiais contra o tabagismo. Segundo a OMS, apenas 5% da população mundial vive em países com adoção de medidas-chaves que reduz as taxas do tabagismo.
Outro dado preocupante é que se não houver um esforço global para diminuir o número de fumantes, o tabagismo pode matar 1 bilhão de pessoas no século 21, nos países em desenvolvimento, grupo no qual está enquadrado o Brasil.
Esta previsão significa 10 vezes mais mortes do que no século passado. O cigarro mata 5,4 milhões por ano no mundo (mais do que a soma das vítimas de tuberculose, malária e Aids), número, aliás, que deve crescer para 8 milhões em 2030, de acordo com projeção da OMS.
Além disso, o consumo de tabaco está em queda nos países ricos, mas é crescente nos pobres e de renda média, segundo a OMS.
Entre as maiores preocupações está a pouca ação do governo e os impostos arrecadados pelo produto. O documento revela que os governos, na maioria dos países, recolhem 500 vezes mais dinheiro nos impostos sobre produtos de tabaco a cada ano do que gastam em esforços de controle do tabagismo.
A medida mais eficaz para reduzir o consumo, de acordo com a análise da OMS, é o aumento dos impostos. Na África do Sul, por exemplo, o consumo de cigarros caiu cerca de 40% a partir da década de 90 porque o preço do maço dobrou.
Embora alguns países tenham aumentado os impostos sobre produtos de tabaco, eles continuam baixos na maioria esmagadora dos países, inclusive no Brasil. Com inflação e aumento do poder de compra do consumidor, os cigarros estão mais acessíveis, até em muitos países onde o imposto representa uma grande proporção do preço.
Tabagismo pode provocar a morte de 1 bilhão de pessoas
Relatório da OMS aponta baixo custo do produto como uma das razões
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