Os quase 650 mil usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) estão desde o dia 24 de março sem atendimento médico, hospitalar e laboratorial. Sem receber pelos serviços prestados desde novembro de 2010, os 8 mil prestadores de serviços de saúde credenciados pelo órgão na capital e no interior suspenderam o atendimento à carteira de usuários do Instituto, composta por servidores públicos estaduais e seus dependentes.
O presidente da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás, Fernando Antônio Honorato da Silva e Souza, explica que a paralisação tem a adesão de 95% dos prestadores de serviços. Apenas os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos.
A dívida do Ipasgo com os prestadores de serviços de saúde soma cerca de R$ 250 milhões. As entidades representativas da categoria afirma que não receberam uma proposta viável para quitação das faturas vencidas, referentes aos serviços prestados em novembro e dezembro de 2010 e janeiro de 2011.
Através de seu perfil no Twitter, o governador Marconi Perillo anunciou a quitação da fatura de janeiro, vencida no dia 26, mas não definiu a data. Também pelo Twitter, avisou que não há como pagar a dívida de forma integral. O Ipasgo propôs o parcelamento das faturas de novembro e dezembro em 24 meses com carência de 90 dias para a quitação da primeira parcela. Os prestadores reivindicam a quitação dessas faturas em 6 parcelas, com o pagamento imediato da primeira.