Ontem tive o prazer de participar da II Jornada de Gestão Hospitalar, evento este promovido pela UNIBAN no qual estiveram presentes alunos dos cursos de Gestão Hospitalar, Enfermagem e Radiologia.
O intuito era compartilhar com a nova geração de profissionais do setor da saúde a importância da gestão de Suprimentos para o alcance dos objetivos estratégicos dos hospitais, bem como suas diversas interligações com a assistência e segurança de paciente e clientes internos, com a manutenção da sustentabilidade financeira das instituições e com a preservação do caráter ético e transparente dos processos de aquisição.
O simples fato de uma universidade dedicar atenção especial à cadeia de suprimentos hospitalares em seu curso de formação já aponta uma significativa mudança nas regras que definem a influência do tema nas decisões dos futuros líderes. Mas, mais do que isso, me chamou a atenção o interesse e entendimento dos alunos quanto ao desenvolvimento de uma visão sistêmica que os permita compreender melhor a origem e as possíveis soluções para os problemas recorrentes do setor da saúde.
Como discutimos lá, o mercado da saúde está enfrentando um momento de transição no qual as verdades absolutas de 10 anos atrás não são mais válidas para agora. Quem dirá para o ambiente posterior em que estes profissionais estarão inseridos nas próximas décadas.
Questões como a crise de credibilidade entre operadoras, hospital e médicos, a ineficiência operacional, a carência de lideranças, a gestão de recursos, o modelo de sustentação financeiro-hospitalar parcialmente amparado na prestação de serviço e a responsabilidade sócio-ambiental são assuntos que a geração atual não foi capaz de resolver plenamente. E pensando bem, não sei se teremos tempo de entregar o bastão na forma e no tempo corretos.
Vendo a energia e motivação dos alunos que lá estavam presentes, posso lhes dizer que esses jovens têm tudo para apresentar soluções definitivas para o setor, seja melhorando o que se construiu até agora, seja criando rotas totalmente diferentes que se mostrem mais adequadas às necessidades de todos os agentes da gestão de saúde.
Afinal, há vários erros novos para serem cometidos. Por que deveríamos insistir nos mesmos?