Enquanto muitos discutem os reais benefícios da nuvem ou se a segurança está no nível adequado para grandes corporações, alguns executivos de TI já incluíram a computação em nuvem em sua estratégia e trabalham em algumas migrações. No caso da SulAmérica Seguros e Previdência, a ideia é levar e-mail e colaboração para a plataforma do Google. A informação foi dada pelo CIO da companhia, Carlos Barbieri, durante o Cloud Computing World Forum, evento que aconteceu nesta semana em São Paulo. Ao explicar a decisão de levar essas plataformas para nuvem, Barbieri lembrou que já conta com cloud privada, storage como serviço e trabalha na troca de desktop tradicional por virtual. E não adianta dizer que e-mail é fácil migrar, o executivo rebate: ?Estamos levando muito mais que e-mail. São sete mil contas, antispam e queremos toda solução de colaboração que hoje roda de forma desestruturada nos departamentos. Com a nova (plataforma) darei mais robustez, sem me preocupar com infraestrutura, já que estará em cloud.? Como lembra o executivo, e-mail e colaboração são as aplicações que os usuários internos mais utilizam, por este motivo, a migração está sendo acompanhada com muito cuidado. ?É uma solução crítica e cloud é inevitável.? Um ponto crucial debatido em projetos de cloud computing é relativo ao custo. Para uns, realmente representa economia, para outros, nem tanto. No caso da SulAmérica, Barbieri calcula que seria mais caro expandir os links entre o data center e as unidades da empresa, até para ampliar a capacidade de tráfego de vídeo e e-mail. ?Neste caso, com a migração que estou fazendo par a nuvem, deixarei de fazer investimento em link. No Brasil links corporativos são caros e a entrega de um bom nível de serviço também (é complicada).? Com as possibilidades reconhecidas a partir desse primeiro projeto de cloud, Barbieri garante que qualquer renovação de parque que for pensada, antes de se partir para o investimento de fato, será avaliada a possibilidade da nuvem. ?Temos que ver confiança e disponibilidade do parceiro para ter mesma confiança que temos com infraestrutura interna. Mas, em alguns anos, boa parte das nossas aplicações não rodará em nosso data center.?
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