Na onda do cuidado online, universo que inclui agendamento de consultas pela internet, redes sociais que integram profissionais da saúde e pacientes, plataformas de compartilhamento de dados, entre outras funcionalidades, o portal Medicando é mais um integrante dessas tendências que desenham uma nova era. Há mais de cinco anos trabalhando em cima de uma ideia, 2014 parece, de fato, ser o ano do desabrochar dessa startup, que tem como líder o administrador Adauto Menezes e o respaldo do grupo empresarial ML Group, referência em negócios online e detentor de marcas como Meu Amigo Pet, Credpag e Interservice. Medicando aposta em duas vertentes: uma com foco na aproximação de médicos e pacientes e outra em trabalhos de medicina preventiva para operadoras de planos de saúde. Com um aporte inicial de R$ 7,5 milhões da Global Gestão em Saúde, a empresa estreou as soluções em 2012, que incluem serviços de BI (Business Intelligence) e Georreferenciamento – ferramentas que suportam o levantamento e análise de dados relativos ao comportamento da base de usuários de operadoras de planos de saúde, facilitando a tomada de decisão no sentido de trabalhos preventivos. Além disso, a empresa também desenvolveu uma espécie de buscador de profissionais de saúde online (médicos, nutricionistas, terapeutas, etc). De acordo com Menezes, as tecnologias auxiliam na redução de custos dos planos. ?Com o conhecimento de um grupo com alta incidência de hipertensão, por exemplo, a operadora pode promover ações específicas e evitar gastos maiores no futuro?, explica o executivo. Menezes contabiliza três projetos em andamento com serviços de BI para o 1° semestre, entre eles com a Fundação AFFEMG de Assistência e Saúde (FUNDAFFEMG), que inclui 15 mil usuários e com o plano de saúde Quality, para trabalhar um estrato de 24 mil beneficiários. Não menos importante, o serviço de localização dos profissionais de saúde permite que o paciente adicione o profissional em sua rede de contatos para conversas e troca de informações, como, por exemplo, resultados de exames. ?Tudo isso acontece de maneira sigilosa e o usuário define o tempo que o profissional pode ter acesso a seus documentos?, explica. O Medicando também computa todos os downloads de dados realizados na plataforma. ?Aquela ?gavetinha? na recepção do médico é muito mais vulnerável do que a ferramenta online?, ressalta. Em pleno desenvolvimento da funcionalidade de agendamento de consultas, a startup, com sede em Brasília, já possui 110 mil usuários entre profissionais, pacientes, farmácias e empresas de saúde e pretende faturar mais de R$ 1 milhão em 2014, tendo atingido cerca de R$ 650 mil no ano passado. *Informações corrigidas às 16h05, do dia 23/01