Para que uma empresa se torne referência na área em que atua, não basta identificar fatores chave para o sucesso: é preciso colocá-los em prática. É por isso que, em 2004, o Hospital São Rafael, de Salvador (BA), decidiu tirar do papel um plano de renovação tecnológica da instituição. Desde então, já foram investidos cerca de R$ 12 milhões em Tecnologia da Informação (TI). Segundo o gerente de TI do hospital, Fernando Costa, a intenção é que todos os serviços oferecidos pelo hospital sejam integrados no processo.

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“A partir de 2004, fizemos a informatização de várias áreas. O hospital tinha em torno de 200 estações de trabalho, que só contemplavam a parte administrativa. Hoje temos 1150”, diz Costa. “Seja para a central de marcação, entrega de resultados, registro de faturamento, RH ou segurança patrimonial: hoje não tem nenhuma área do hospital sem um computador ou uma solução agregada”, completa.

As principais ferramentas utilizadas pela instituição são os sistemas da MV, que contemplam todo o hospital; o Sistema de Banco de Sangue (SBS); o RIS/PACs, para arquivamento e distribuição de imagens diagnósticas; o Laudo & Imagem, para a área de patologia; e o Matrix, que faz a integração com os equipamentos médicos no laboratório.

“Quando o médico faz uma prescrição, ela já chega ao equipamento e o técnico tem a informação imediata de qual exame será feito. Depois, o paciente acessa o site do hospital e vê os resultados do laboratório. É tudo integrado”, diz o gerente.

Entre as principais estratégias, o hospital implementou a plataforma de Business Intelligence (BI) da MicroStrategy – integrada ao ERP da MV Sistemas – com o objetivo de associar dados de diferentes departamentos e agilizar o gerenciamento, além de oferecer informações que facilitem a tomada de decisão dos gestores. Como resultado, houve diminuição dos erros na geração de informações gerenciais e uma redução de cerca de 70% nas contas pendentes com convênios e operadoras de saúde.

O projeto de telefonia é outro foco da equipe de TI do hospital. Este ano, o número de ramais aumentou em 50%. O próximo passo é distribuir para os profissionais clínicos cerca de 300 ramais móveis da tecnologia DECT, que prevê até 80 horas de autonomia ao aparelho. A mobilidade atende à demanda por localizar os profissionais em diferentes locais.

Processo em Conjunto

A equipe de TI do São Rafael é formada nos moldes de um tripé. Sete pessoas são responsáveis pela infraestrutura, que abrange redes e obras, telefonia e servidores. Uma turma de seis profissionais presta suporte e realiza medidas preventivas. Outra turma fica responsável por sistemas e processos, cuidando da parte financeira, assistencial, contábil e de classificação de risco. Acima do tripé, três pessoas fornecem suporte ao BI e cuidam das informações gerenciais estratégicas.

O hospital também terceiriza os processos de impressão. “Em 2009, tínhamos 110 impressoras. Com o outsourcing, temos 360 sob responsabilidade de outra empresa. O valor que eu pagava pelas 110, é o que pago para terceirizar as 360”, diz Fernando Costa.

Para aprovar novos projetos, o gerente discute o planejamento com a diretoria médica, no que diz respeito à área assistencial, ou com o diretor administrativo financeiro, para temas ligados a segurança, impressão e telefonia. Quando há convergência de interesses, ambos os grupos são incluídos na discussão.

“A instituição entende a necessidade da informatização, porque quanto mais informação você tiver, mais fácil é a decisão”, diz Costa. “Um hospital tem um volume imenso de informações. Se não for tudo informatizado, você perde dinheiro. Quando se integra a assistência ao faturamento, não tem como perder.”

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