Compreende-se que os funcionários públicos tenham no geral limitações financeiras para investir no sistema privado e buscam algo mais do que é ofertado pelo sistema SUS, porém, uma mudança de comportamento que fosse pautada na compreensão e na proposta do próprio sistema SAS colaboraria em muito para fazer da oferta pública de saúde do Estado do Paraná um modelo mais eficiente, ainda que cercado pelas limitações expostas.

Por fim, permitindo-me falar de algo para além do atual sistema, em termos ideais e práticos, pensar-se numa forma de contribuição financeira do usuário – especialmente com parâmetro na utilização do sistema – conduziria a uma evidente melhora nos resultados.

Em outras palavras “o bolso” é o melhor fator de racionalidade, porém, em face das repercussões potenciais de qualquer reforma, seria preciso muita coragem política para promover-se uma mudança dos rumos da história com relação à prestação pública de assistência à saúde.

Ainda mais, se o governo quer manter o sistema no longo prazo, precisará incentivar a prevenção, especialmente em relação à prevenção da obesidade, à imobilidade, ao etilismo, às doenças decorrentes do fumo. Estatisticamente, mais de 1/3 das doenças podem ser prevenidas com ações de custo mínimo. Tais serviços não são previstos e pagos de forma direta, dependem de orçamento próprio para manter a saúde e não tratar a doença.

O Hospital São Vicente, por exemplo, já trabalha na prevenção da obesidade, são reuniões mensais abertas a