Tendo como principal objetivo aprimorar a qualidade de vida de pacientes em estabelecimentos da área de saúde, especialmente instituições de longa permanência, o sistema de comunicação visual Psiu Clínica possibilita um atendimento mais seguro e eficaz, ao oferecer recursos que a tradicional campainha de alarme fixa, instalada ao lado de cada leito, não possui. A obrigatoriedade da existência destas campainhas, por meio das quais o paciente possa chamar um funcionário, faz parte de uma resolução da Anvisa, (RDC 283), instituída em 2005, regulamentando as instituições de longa permanência que recebem idosos.

Em relação às campainhas fixas usualmente utilizadas em hospitais e clínicas, localizadas próximas à cama do paciente, o Psiu Clínica apresenta diferenciais que podem ser determinantes em momentos de emergência, explica José Rubens de Almeida, proprietário da Casa do Instalador e criador do sistema.

O Psiu utiliza transmissores individuais sem fio, que podem ser posicionados perto da cama do paciente ou pendurados como crachás, no caso de pacientes com lucidez. Cada transmissor possui um número e, quando o paciente aciona o enfermeiro ou cuidador, com um toque no botão, o número é exibido em um display eletrônico, ao mesmo tempo em que emite um alarme, avisando sobre a solicitação. “Pelo fato de não ser fixo, o Psiu permite que o idoso ou paciente peça ajuda também em outras áreas da clínica, como áreas de convivência, jardins e varandas, e não só no quarto. Desta forma, o sistema possibilita que o paciente acione a equipe de enfermagem rapidamente, de qualquer local da instituição, o que faz com que ele se sinta mais seguro”, explica Almeida, acrescentando que, além de agilizar o socorro a emergências, o sistema aprimora o atendimento de forma geral, uma vez que qualquer solicitação, como o pedido de um cobertor ou um copo de água, por exemplo, podem ser atendidos com maior rapidez, gerando mais conforto e bem-estar ao paciente.

A clínica de cuidados paliativos Acallanto, localizada na Lapa, em São Paulo e especializada em pacientes com doenças crônicas, já utiliza o Psiu em sua primeira unidade e, na segunda unidade, inaugurada no dia 15 de março, também instalou o sistema. Nos estabelecimentos, que juntos possuem um total de 41 leitos, para crianças e adultos, o sistema de chamadas é utilizado da seguinte forma: para o paciente lúcido, acompanhante e/ou familiares, o transmissor fica localizado ao lado do leito em local de fácil acesso, e a orientação é dispará-lo a cada necessidade. No caso de pacientes não contactuantes ou crianças, o transmissor é utilizado principalmente pela equipe ou por familiares e/ou acompanhantes, para solicitar ajuda ou em caso de urgência. A padronização da chamada estabelece um disparo para solicitar ajuda e vários disparos consecutivos em caso de emergências.

Iraci Nunes dos Santos, enfermeira e uma das fundadoras da clínica, juntamente com as enfermeiras Elisangela Ribeiro, Andrea Canesin, ressalta a importância do Psiu Clínica na rotina da instituição: “Além de ser uma padronização que atende a determinação da Anvisa, o equipamento garante a segurança do paciente e transmite confiança aos familiares, por nos ajudar a oferecer um atendimento rápido e ágil na solução de problemas e urgências. O sistema prioriza a prevenção e a redução de riscos à saúde, e considera o conforto do paciente, o que certamente é primordial para a Acallanto. Proteger, cuidar, confortar e, acima de tudo, promover bem-estar são alguns dos nossos principais objetivos”.

O Psiu Clínica permite ainda um acompanhamento gerencial, já que o sistema registra, por meio de um relatório de tempo de atendimento, o PsiuTempo, as visitas aos quartos realizadas por enfermeiros em rondas noturnas. Segundo o criador do Psiu, quando chega para o atendimento a um determinado paciente, o enfermeiro aciona o botão do transmissor, que poderá estar ao lado da cama ou com o próprio idoso. Esta visita, além de aparecer no display eletrônico, fica registrada no relatório gerado pelo sistema. “Desta forma, a administração da clínica pode garantir a excelência no atendimento, monitorando o desempenho dos funcionários da instituição inclusive durante o período noturno”, completa Almeida.

Para a enfermeira Iraci, o relatório de tempo de atendimento oferece um registro de informações que possibilitam acompanhar o funcionamento da clínica e identificar a necessidade de tomadas de decisões. “Com o relatório, podemos perceber modificações necessárias, como a mudança de um paciente com alto grau de complexidade para um apartamento mais próximo ao posto de enfermagem, por exemplo, para agilizar o atendimento aos chamados”.

Inicialmente desenvolvido para agilizar o atendimento a clientes em restaurantes, bares, pizzarias e lanchonetes, criado com o nome de Psiu Garçom, o sistema pode ser adaptado para atender a necessidades específicas de cada empresa, sendo alvo de constantes estudos, que buscam novas aplicações e utilizações, não só na área de saúde e alimentação, mas também na indústria, com disponibilidade para atender clientes em todo o país. “Continuamos investindo em pesquisas e tecnologia, para tornar o Psiu acessível a um número cada vez maior de instituições e estabelecimentos e gerar cada vez mais conforto e segurança aos seus usuários”, cita Almeida.