A tecnologia catarinense vai permitir o desenvolvimento de um novo sistema capaz de realizar suturas cirúrgicas por técnica minimamente invasiva, ou seja, com pequenos cortes nos pacientes.

A empresa Biokyra, de Santa Catarina, é a responsável pelo projeto, em parceria com o cirurgião vascular Marco Antonio Lourenço da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. A iniciativa receberá um aporte de R$ 200 mil do CNPq (agência do governo federal) para a contratação dos pesquisadores que vão trabalhar no desenvolvimento do novo sistema, denominado Endofix, por meio do edital Rhae.

“Nossa proposta inicial é desenvolver um sistema para endosuturas, que seja capaz de auxiliar a fixação de próteses no corpo humano, diminuindo a possibilidade de migração dos dispositivos”, conta Fernando Marcelo Pereira, sócio da Biokyra. Segundo ele, o sistema Endofix vai permitir ainda o uso de próteses em locais onde esse tipo de implante não era possível sem o uso de um sistema de fixação auxiliar.

Além disso, a sutura por técnica minimamente invasiva, permitida pelo Endofix, pode se tornar uma ferramenta inovadora à disposição de médicos que fazem cirurgias mais complexas. “Vamos abrir a possibilidade de sistemas pouco invasivos nas cirurgias vaculares, mas o desenvolvimento do Endofix terá reflexos em outras áreas, como cirurgias abdominais”, ressalta Fernando.

A expectativa da empresa é de que o novo sistema esteja pronto para testes clínicos até o fim do ano.

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A Biokyra atua na área