Nesta quinta-feira (11), lideranças dos 53 sindicatos que compõem a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) devem se reunir na sede da entidade em Brasília para discutir uma estratégia de enfrentamento ao Programa Mais Médicos, anunciado pelo governo federal esta semana. Segundo a instituição, o governo declarou guerra à categoria com a publicação da MP 621/13.
Segundo Geraldo Ferreira Filho, presidente da entidade, o programa é uma manobra para exploração da mão de obra médica e precarização do trabalho. Ações judiciais, denúncias e anúncio de greve estão entre os pontos que serão discutidos no encontro. Individualmente, os sindicatos estão fazendo assembleias e alguns se decidiram por paralisações e protestos.
A entidade também questiona se realmente será dada prioridade para a contratação de médicos brasileiros, e se os municípios terão condições de trabalho mínimas para dar atendimento à população. Outros projetos de lei de interesse da classe médica ? incluindo a destinação de 10% das receitas da União para a saúde, a criação de carreira de estado e a aprovação do Ato Médico – também serão discutidos.
Ferreira, presidente da Fenam, declarou ao jornal Tribuna do Norte que o sentimento entre os médicos é de que ?o governo federal declarou guerra aos médicos brasileiros?. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff anunciou uma série de medidas ?que não vão resolver o problema?.
Para o diretor, o programa é uma tentativa de explorar mão de obra através de remuneração por meio de bolsa, da ampliação da duração dos cursos de medicina e da importação de médicos estrangeiros. ?A classe [médica] brasileira está decepcionada”, disse.
* com informações do jornal Tribuna do Norte