Os quase 650 mil usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) estão sem atendimento. Sem receber desde outubro de 2010 e sem previsão para a quitação da dívida, que totaliza cerca de R$ 250 milhões, os prestadores de serviços de saúde credenciados pelo órgão suspenderam o atendimento no dia 24 de março por tempo indeterminado.
A paralisação atinge os serviços prestados por médicos, hospitais, laboratórios, bancos de sangue, clínicas de diagnóstico por imagem e outras unidades de saúde credenciadas da capital e do interior. Apenas os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos.
O Instituto propôs quitar a dívida em 24 parcelas, que começariam a ser pagas em 90 dias. Os prestadores de serviços recusaram a proposta e, após três meses de negociação e sem um acordo, suspenderam o atendimento.
O presidente em exercício da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (Aheg), Fernando Antônio Honorato da Silva e Souza, observa que os atrasos têm causado grandes prejuízos aos profissionais e estabelecimentos credenciados. “Se não recebemos pelo serviço que prestamos, não temos como pagar nossas contas”, diz, ressaltando que a partir de sábado (26) se as faturas de janeiro de 2011 não forem quitadas, a dívida do Ipasgo com os prestadores saltará para R$ 310 mil.
O Instituto alega dificuldades financeiras para atualizar os pagamentos. A Secretaria Estadual da Fazenda pediu um mês de prazo para apresentar uma proposta aos prestadores.