Os servidores da rede de saúde do Estado do Rio de Janeiro entraram em greve ontem (26 de agosto), por 48 horas, para reivindicar melhores salários, segundo informações da Agência Brasil. Eles denunciam também que o governo estadual estaria desviando recursos destinados à área de saúde pública para atender a programas assistencialistas de cunho eleitoreiro. Segundo Silene Souza, diretora do Sindicato dos Servidores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio (Sindsprev/RJ), o movimento paralisou todos os principais hospitais de emergência do estado e cerca de 30% dos institutos.
O secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, rebateu as acusações. Segundo ele, não há desvio de verbas da área de saúde e a secretaria cumpre estritamente o orçamento aprovado pela Assembléia Legislativa (Alerj). Ele lembrou que enquanto a emenda 29 não for regulamentada, a legislação não especifica o que é gasto com saúde. A secretaria também informou que foram investidos, neste ano, R$ 2 bilhões em saúde, contra R$ 499 milhões em 1999.
Silene explicou que além da questão salarial, a categoria reivindica melhores condições de trabalho. Na visa dela, hoje, os recursos estão sendo desviados para outros programas, principalmente os de cunho assistencialista e eleitoreiro. Em conseqüência, o quadro é de hospitais sucateados, falta de medicamentos e de material essencial.