A IBM anunciou um chip de computador que tem o design parecido com o cérebro humano. Esse chip consome menos energia, como já vimos essa semana que é um esforço em todas as áreas da tecnologia e, além disso, é melhor para processar imagens, sons e outros dados sensoriais. Ele é chamado de SyNapse e processa informação usando uma rede de mais de um milhão de micro-partes, como “neurônios”, se comunicando usando sinais elétricos – como os neurônios realmente fazem.
Apesar de pesquisadores tentarem criar um chip dessa maneira – chips neuromórficos -, relacionando tecnologia e saúde, desde 1980, todas as tentativas foram falhas. O chip ainda não será comercializado, mas ele é poderoso o suficiente para sanar diversos problemas da sociedade. Em um teste, ele conseguiu identificar carros, bicicletas e pessoas em um vídeo, enquanto um computador, que estava realizando a mesma tarefa, processou as informações 100 vezes mais devagar que tempo real e consumiu 100.000 vezes mais energia que o chip da IBM.
No ano passado, a empresa anunciou seus esforços frente à computação cognitiva, vertente que trabalha para tornar a computação mais parecida com o funcionamento cerebral humano. O projeto é o pontapé inicial para criar um computador tão poderoso quanto o cérebro.
“Não faz sentido pegar a linguagem de programação da era antiga e tentar adaptar para a nova arquitetura. Você tem que repensar toda a noção do que programação significa”, disse Dharmendra Modha, pesquisador-chefe.
Nos últimos anos muitas novidades em análise de dados e reconhecimento de fala têm tido influência de redes neurais simuladas para o trabalho com dados, mas essas redes requerem clusters gigantes para que possam acontecer. Essa tecnologia é capaz de traduzir fala em tempo real, reconhecer objetos, dentre outros, mas, na arquitetura antiga, a quantidade de computadores e de energia necessários para a realização da tarefa a tornam complexa e, muitas vezes, inviável.
A busca de inspiração entre as áreas de tecnologia e saúde podem render muitos frutos para ambas as áreas. Agora é esperar para ver os próximos desenvolvimentos da IBM e o bom uso dessas novidades.