Anunciado nesta segunda-feira (4), um projeto-piloto da Cisco e da Universidade Federal de Sergipe (UFS) promete aprimorar a assistência pediátrica no estado nordestino usando telemedicina. O atendimento médico via telepresença conectará crianças das cidades de Lagarto e Tobias Barreto a especialistas de Aracaju e São Cristovão, onde fica o campus da UFS.

O objetivo é aumentar a qualidade do atendimento na especialidade, cujo número de profissionais tem caído nos últimos anos. Soma-se aí o problema a distância e a dificuldade de acesso à assistência médica no interior do estado.

O projeto faz parte do programa global de responsabilidade social da fabricante e combina esforços com a UFS e os prestadores de assistência médica nos municípios envolvidos. A Secretaria de Estado da Saúde, o Ministério da Saúde e as prefeituras de Tobias Barreto e Lagarto também participam.

As consultas das crianças de Tobias Barreto e Lagarto em clínicas de saúde da família serão acompanhadas por especialistas do Hospital Universitário de Aracaju e do campus da UFS em São Cristóvão. As equipes médicas poderão avaliar conjuntamente caso por caso.

Segundo a Cisco, a qualidade de som e imagem da solução de telemedicina (Cisco TelePresence) é suficiente para que especialistas conversem com as crianças, acessem resultados e auxiliem médicos generalista com segundas opiniões.

O projeto inclui ainda a implantação de programas de educação continuada à distância para os profissionais de saúde do estado. Serão utilizadas ferramentas de colaboração da Cisco para criar e gerenciar comunidades de vídeo, agendar sessões de aula virtual e acessar serviços por dispositivos móveis.

O anúncio encerra a primeira etapa da implantação das tecnologias. Nos próximos meses está prevista a operação do programa nas clínicas de saúde da família em Lagarto e Tobias Barreto. Resultados e efeitos do programa na vida das crianças da região poderão ser apurados a partir de 2014, quando a Cisco e a UFS pretendem divulgar os primeiros estudos. A ideia da companhia americana é que o projeto-piloto em Sergipe se torne padrão de utilização de tecnologia em saúde pública no Brasil.