Os custos estão sempre aumentando e impactando no financiamento da saúde e, por mais que o paciente esteja no serviço público, alguém precisa pagar a conta. Um dos maiores questionamentos do setor de saúde e dos pacientes que pagam convênios ou serviços particulares, é o porquê de os serviços de saúde ficarem mais e mais caros a cada dia.
Alguns motivos podem ser citados para o aumento do custo em saúde e, dentre diversos, podemos citar o envelhecimento populacional, preços de farmacêuticas e fornecedores de tecnologias médicas, alta remuneração e baixa competitividade entre os provedores de saúde.
O problema é que nenhum desses fatores atual como principal e determinante e a equação de financiamento da saúde é bastante complexa. Podemos fazer uma comparação da indústria de saúde com as indústrias de bens de consumo. Enquanto o maquinário pode substituir e acelerar a produção, no serviço de saúde, assim como na educação, nas artes performáticas e em outros setores, o ser humano é o papel principal e o maior atuante no processo.
Podemos ver o processo mais avançado em países desenvolvidos, como nos Estados Unidos e em muitos países europeus. A compra de produtos é um dos atrativos, já que os custos de produção automatizada diminuem o preço final do produto, mas, ao mesmo tempo, os custos de realização e fornecimento de serviços aumentam os valores finais destes. Nestes últimos itens, o ser humano não pode ser reposto por uma máquina.
Poderemos ser capazes de pagar pelos altos custos de saúde?
Nos EUA, atualmente, metade das falências familiares ocorrem por gastos em saúde. Isso pode mudar um pouco com o Obamacare, mas, mesmo em um país como o Brasil, onde temos o Sistema Único de Saúde, vemos este tipo de caso acontecendo.
A situação, no entanto, é otimista. Ao mesmo tempo que os custos de saúde estão aumentando, a produtividade trabalhista também está. De acordo com alguns índices publicados no livro “The cost disease”, o trabalhador médio mundial precisa trabalhar menos hoje para conseguir financiar as mesmas coisas que conseguia há 20 anos atrás. Para comprar um big mac, o trabalhador precisa, hoje, trabalhar menos da metade do tempo que precisava para comprar o mesmo sanduíche há anos atrás.
Qual deverá ser o financiamento da saúde no futuro? Quanto deveremos investir?