Por isso, a questão que está sendo levantada por diversos profissionais de saúde, executivos e empreendedores é: o que o Pokemon Go revela sobre o destino de muitos outros aplicativos de saúde, rastreadores fitness, wearables e esforços de compromissar os pacientes?
15 milhões de pessoas já deixaram de jogar Pokemon Go
Logo depois do lançamento do Pokemon Go, a Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg escreveu que o jogo possui um grande potencial de prevenir e tratar condições crônicas, como obesidade, ao aumentar as atividades físicas, promover uma vida ao ar livre e até encorajar interações sociais.
‘’Talvez a receita do sucesso é não tentar ser um aplicativo de saúde e sim focar em um jogo que tira as pessoas do sofá, leva-as para o mundo real com efeitos inadvertidos na qualidade de vida’’, disse a escola, chamada de John Hopkins Pokemon Preparedness Team. ‘’Como um jogo digital comercial, o Pokemon Go pode ser melhor para atrair jogadores, especialmente os sedentários, do que os aplicativos de saúde disfarçados de jogos.
Não sabemos ainda se o Pokemon Go vai continuar se destacando entre os milhares de aplicativos de saúde, rastreadores fitness e wearables ou sumir quando as pessoas cansarem do programa. Porém, já pode ser observado que a cada dia, menos pessoas estão usando o app.
O Apptopia, empresa que mostra a inteligência de marketing por trás de aplicativos, publicou uma pesquisa que mostrava que, em julho, 45 milhões de pessoas do mundo estavam jogando Pokemon Go diariamente. Um mês depois, esse número caiu para 30 milhões.
Ao redor da empolgação inicial do Pokemon Go existiam previsões de que ele iria liderar uma nova era de aplicativos de saúde de realidade aumentada, tendo mais usuários do que os programas e ferramentas previamente existentes. Este interesse em realidade aumentada também parece estar diminuindo, de acordo com os dados do Google Trends.
‘’Se esses declínios se provarem duradouros, isso vai afetar não só a viabilidade e popularidade do Pokemon Go, mas também a de jogos de realidade aumentada em geral’’, notou o Analista da Axiom Capital Management, Victor Anthony, em um artigo publicado pela Bloomberg. ‘’Os dados do Google Trends já estão mostrando a diminuição do interesse em realidade aumentada’’.
Os aplicativos de saúde têm vida curta
Uma piada comum entre os profissionais de saúde é que a maioria das pessoas só usa aplicativos de saúde, rastreadores fitness e wearables até terminar a bateria dos aparelhos.
Mesmo que essa declaração seja mais cômica do que real, não podemos negar que o Pokemon Go ainda possui 30 milhões de usuários diários pelo mundo, um número invejável para qualquer desenvolvedor de aplicativos de saúde.
A IMS Health, na verdade, divulgou um estudo em 2015 que mostrava que, entre os mais de 26 mil aplicativos de saúde que aparecem no Google Play e na Apple iTunes, 40% possuem menos de cinco mil downloads.
A empresa apontou que o número de aplicativos de saúde disponíveis se torna confuso para os usuários, que não sabem qual escolher.
O Pokemon Go como aplicativo de saúde acidental, pode ou não sumir, como tantos outros programas.
De qualquer jeito, talvez a maior preocupação a ser levantada pela febre Pokemon Go é como um jogo desenterrou uma franquia de 20 anos e é absurdamente popular experimenta o declínio? Como pode haver esperança para fazer com que os pacientes continuem usando seus aplicativos de saúde por mais tempo?
Nem toda questão possui uma resposta fácil. Mas se tem algo que o Pokemon Go nos ensinou é que a ferramenta certa pode ser muito poderosa.
No HIS – Hospital Innovation Show, teremos discussões como esta no painel ‘O Papel da TI na Experiência do Paciente’, com a CIO da Beneficência Portuguesa, Lilian Hoffman.
Serviço:
HIS – Hospital Innovation Show
Datas: 27 e 28 de setembro
Local: São Paulo Expo
Rodovia dos Imigrantes, s/n – Vila Água Funda
Este artigo foi adaptado do site MobHealthNews