Um estudo piloto, realizado pela University of Rochester’s School of Medicine and Dentistry em parceria com a Xerox, descobriu uma nova forma de fazer diagnóstico cardíaco. A inovação em saúde se trata de uma forma de se detectar batimentos irregulares do coração.

A fibrilação atrial é o distúrbio mais comum do ritmo cardíaco no mundo todo. Estima-se que mais de 6 milhões de pessoas na Europa, 5 milhões de pessoas nos EUA e 1,5 milhões de pessoas no Brasil sofram do mal. O problema está diretamente relacionado ao risco de AVC. Dados da Associação de Fibrilação Atrial apontam que uma pessoa sofre um derrame cerebral por causa do distúrbio cada 12 segundos.

A pesquisa, publicada essa semana no jornal Heart Rhythm, testou o diagnóstico cardíaco da doença feito através de uma webcam. Um algoritmo desenvolvido pela Xerox, permite que os rostos dos pacientes sejam escaneados, e cada alteração de cor seja detectada.

Segundo os pesquisadores, mudanças de cores que não são detectadas a olho nu podem ser vistas pela webcam. A inovação em saúde analisa como a luz é refletida e absorvida pelo sangue na pele da face, e assim pode ser feito o diagnóstico cardíaco para fibrilação atrial.

A inovação em saúde foi testada somente em 11 pacientes com fibrilação atrial, que também tiveram seu diagnóstico cardíaco feito por um eletrocardiograma. O teste, que dura 15 segundos, teve resultados correspondentes aos exames geralmente realizados em hospitais. A taxa de erro da webcam foi de 20%, o que é um número baixo se comparado à taxa de erro de um eletrocardiograma, que vai de 17% a 20%.

”Essa tecnologia tem potencial para identificar e diagnosticar doenças cardíacas usando monitoração em vídeo sem contato”, disse Jean-Philippe Couderc, pesquisador da University of Rochester. Segundo ele, é um conceito simples que pode permitir que mais pessoas com fibrilação atrial possam ter os cuidados que precisam.

Os pesquisadores pretendem fazer um estudo muito maior, usando um maior número de pacientes. Apesar da pesquisa estar somente no começo, a tecnologia é promissora e pode levar até a outra maneira de realizar um diagnóstico cardíaco para outras doenças.