A gestão hospitalar contempla uma luta diária contra infecções, erros médicos, desnutrição e outros problemas que colocam em risco a segurança do paciente. No Saúde Business Fórum, o diretor administrativo do Hospital Bandeirantes, Marcelo Medeiros, compartilhou a experiência da instituição paulista na tentativa de reduzir essas ocorrências. Nas palavras dele, “tratar a fagulha, antes que a floresta queime”.

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Há pouco mais de um ano, o Bandeirantes implementou o conceito de médico hospitalista. Semelhante ao chamado “médico do andar”, o hospitalista trabalha para o hospital e não tem pacientes próprios.

“É ele o responsável por garantir a relação entre hospital, paciente, família e médico assistente”, explica Medeiros.

Segundo o diretor, o hospitalista está preparado para prestar assistência 24 horas, pois conhece os atalhos e as características de cada unidade, de modo a agilizar o atendimento do paciente.

O Bandeirantes gasta cerca de R$ 60 mil por mês para manter os hospitalistas. Segundo Medeiros, ainda não há dados a respeito do retorno do investimento. “A princípio, pode ser ruim financeiramente, mas se você tem bons resultados e encaminha menos pacientes para a UTI, isso se traduz em economia real”, diz.

Experiências Compartilhadas

O Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte (MG), possui um Time de Resposta Rápida para atender os pacientes no plantão noturno. Segundo o diretor técnico da instituição, Silvério Garcia, a medida teve grande impacto.

“É preferível prevenir a probabilidade de ocorrer um evento que remediar. O investimento pode diminuir a rentabilidade, mas nosso foco é garantir a qualidade do atendimento ao paciente”, afirma Garcia, no intercâmbio de idéias do Saúde Business Fórum.

Já o superintendente da Santa Casa de Belo Horizonte, Porfírio Andrade, relata as dificuldades de se fazer um investimento alto em um hospital que tem cerca de mil leitos para atender a pacientes do SUS.

Para conciliar a importância de manter a segurança do paciente sem comprometer o orçamento, a Santa Casa treina todos os seus funcionários a respeito dos processos de trabalho da instituição.

“Uso como exemplo minha experiência no Sírio Libanês, em que um funcionário da limpeza soube programar o ar condicionado a pedido da paciente”, lembra Porfírio. Para ele, capacitar os profissionais do hospital para garantir, em diferentes níveis, o conforto do paciente, é essencial. 

Confira a cobertura completa do Saúde Business Forum 2010

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