O possível início do surto de psitacose no Rio Grande do Sul se deu no dia 29 de novembro, quando uma ação conjunta da Patrulha Ambiental da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal resultou na apreensão de dois veículos com 424 psitacídeos (uma espécie de ave) no município de Pantano Grande.
No dia seguinte, as aves foram transportadas para o Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, onde começaram a receber cuidados. No dia 30, 210 animais foram levados a uma clínica veterinária na Capital, outros 80 foram encaminhados ao Zoológico Municipal de Canoas e 10 a uma clínica também em Canoas. A partir do dia 6 de dezembro, algumas pessoas que tiveram contato ou se envolveram no cuidado dos animais, começaram a manifestar os sintomas de psitacose.
Ao todo são 34 casos suspeitos de psitacose, doença infecciosa aguda transmitida por aves, especialmente caturritas, papagaios, araras e periquitos. As pessoas que manifestaram os sintomas compatíveis com a doença (febre, cefaléia, sudorose, calafrios e desconforto respiratório) foram encaminhadas para atendimento médico e estão tomando um antibiótico adequado.
A secretaria de saúde do Estado apóia a coleta de material para exames laboratoriais, para que a doença não se propague e gere gastos para o Sistema Único de Saúde.
A transmissão da doença ocorre pela via respiratória, por meio da aspiração da poeira contaminada por dejetos ou secreções, durante a manipulação de animais doentes ou portadores da bactéria. Ainda não há prova da transmissão de pessoa para pessoa.