O diabetes (excesso de açúcar no sangue) é uma doença que atinge hoje pelo menos 245 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes. Estatísticas demonstram que até o ano de 2030 este número pode saltar para 366 milhões de pacientes. Por isso, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ) chama a atenção de profissionais da saúde, pacientes e familiares sobre a importância dos cuidados preventivos com o pé diabético, uma das complicações mais graves e comuns das pessoas que sofrem com o diabetes mellitus.
Pé diabético
“O pé diabético é causado pela combinação de distúrbios dos sistemas orgânicos que, em conjunto, produzem uma variedade de problemas clínicos nos pés do paciente com diabetes mellitus. Eles incluem os sistemas: vascular, nervoso, periférico, esquelético, além de tecidos moles e pele. A causa mais importante das lesões nos pés é uma complicação chamada neuropatia (lesão dos nervos pelo descontrole metabólico do diabetes)” explica Manuel Julio Cota, presidente da SBACV-RJ. A neuropatia atinge os nervos sensitivos (diminui ou extingue a sensibilidade protetora da dor, calor, pressão e vibração) e os nervos do sistema nervoso autônomo (gera ressecamentos, rachaduras cutâneas, lesões nas unhas e osteoporose). A doença também atinge os nervos motores (leva à atrofia de grupos musculares com grandes alterações na forma dos pés).