Dados do Ministério da Saúde indicam que a cada 100 pessoas, pelo menos 30 podem ter problemas de saúde mental no Brasil. No contexto de trabalho, os casos de adoecimento mental já são responsáveis por 38% de todas as licenças junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Depressão, ansiedade, síndrome do pânico e síndrome de Burnout são os principais transtornos mentais associados ao trabalho. Apesar disso, a saúde mental ainda é tratada com tabu e preconceito que precisam ser superados de forma urgente.
“Os impactos que a pessoa sente por estar com a saúde mental em risco se expressam em como ele passa a se relacionar consigo, com seus familiares, com amigos e no trabalho. É preciso estar atento e procurar orientação médica. A não aceitação e o preconceito só retardam o diagnóstico”, explica o CEO da RHMED, Antonio Martin.
Martin enfatiza que as empresas precisam combater a falta de conhecimento e os temores relacionados aos problemas de saúde mental. “É preciso desmistificar questões relacionadas à saúde mental e psicológica e desatrelar qualquer ligação de um diagnóstico ao baixo desempenho, por exemplo. Colaboradores em qualquer quadro relacionado a este tema deve ser acolhido e tratado de forma multidisciplinar”, explica.
Dados do relatório anual do Estado Mental do Mundo, divulgado em 2023, mostram que o Brasil tem o terceiro pior índice de saúde mental dentro de um ranking com 64 países, à frente apenas do Reino Unido e da África do Sul. “Esse levantamento é bem preocupante e, por isso, as organizações não podem deixar para depois a saúde mental de seus colaboradores. Tem que ser prioridade”, finaliza Martin.