Pacientes que sofrem de metástases ósseas
encontram na radiação beta um eficiente paliativo,
com considerável redução das dores
A passos largos. Assim evolui a medicina nuclear, até pouco tempo vista como recurso diagnóstico – com exames complementares, como a cintilografia. Na virada do milênio, o quadro se modificou com a sedimentação das Terapias com Radioisótopos, que emitem radiação beta. “Embora concentrem alta energia, esses elementos radioativos atuam quase que apenas sobre os tecidos doentes”, explica Dr. Gustavo Gomes, do corpo clínico do Grupo Núcleos Medicina Nuclear.
No caso das dores ósseas decorrentes de metástases, a Terapia com Raidoisótopos mostrou-se uma importante alternativa. Pacientes com indicação chegam a relatar redução na Escala de Dor (mínimo 0 e máximo 5) da seguinte ordem: iniciam a aplicação com 4-5, alcançam 2 na primeira semana, 1 na segunda semana e 0 na terceira. “O procedimento consiste na aplicação de um radiofármaco, o EDTMP-153Sm, de maneira intravenosa e ambulatorialmente”, descreve Dr. Gustavo.
Embora paliativo, resgata a qualidade de vida, devolvendo para muitos a autonomia perdida em decorrência das complicações do câncer metastático. Sua duração varia de dois a seis meses e pode ser repetido. “As contra-indicações são consideradas tomando por base o estado geral do paciente, através do Índice de Karnovsky. Para efeitos de compreensão, pode se afirmar que os efeitos colaterais são bem menores que os da quimioterapia”, enfatiza o médico.