O mercado de saúde brasileiro vai contar com novas soluções de gestão nos próximos dias. Depois de oferecer ferramentas robustas de gestão administrativa para indústria, hospitais e operadoras de planos de saúde, a SAP tem como desafio lançar um sistema que atue como front-office. A partir do novo sistema é possível posicionar e administrar as informações no ERP e nos próprios clientes de forma executiva e organizada para as tomadas de decisão.
A ideia é melhorar as ferramentas dentro dos hospitais de forma com que as equipes se tornem mais eficientes para cuidar das pessoas, e atender as sérias regulamentações de medicamentos como, por exemplo, a rastreabilidade do produto. “Isso será essencial em casos de recall e até mesmo para identificar roubo de remédios. O que temos implantado hoje é o back-office e vamos ofertar esse rastreamento para melhor todo o sistema”, acrescenta o vice-presidente mundial da vertical de saúde da SAP, John Papandrea.
O novo sistema de gestão permite que o hospital tenha um banco de dados com o histórico de cada paciente, que também será rastreado enquanto permanecer na unidade. Assim, toda a cadeia estará integrada desde o fornecedor com o controle de estoque dos remédios, prazo de validade etc, e o conjunto de informações disponibilizado tanto para o próprio médico quanto para o usuário que pode ter acesso aos dados pela internet.
“O que propomos é informatizar toda informação possibilitando um histórico médico com transparência para que o profissional seja mais assertivo numa decisão”, destaca Papandrea ao comentar que o sistema também resulta em ganhos financeiros para o mercado de saúde.
O rastreamento dos medicamentos deve ser uma próxima medida obrigatória da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que também poderá implantar a solução front-office da SAP, assim como hospitais, planos e seguros saúde e laboratórios.
De acordo com o executivo global, a ferramenta já está pronta e em fase de divulgação para o setor público e privado. “Em poucos dias pude apresentar o sistema para alguns clientes e notei grande interesse por parte do setor privado.”
A aceitação das secretarias de saúde também foi notória. Para o diretor de Serviços e Setor Público da SAP Brasil, Valdemir Marques, isso mostra que a máquina pública está se organizando no âmbito de arrecadações e no processo de redução de custos. “A gente tem uma visão que o setor público acordou e necessita informatizar seus processos para ter uma saúde com gestão administrativa melhor organizada, é mais um ponto”, conta.
Atualmente, a SAP oferta a solução front-office fortemente na Europa e Estados Unidos, e após a crise mundial passou a enxergar a América Latina, em especial o Brasil, como um grande mercado. “Estamos em ano de eleição e os pilares dos nossos candidatos serão saúde, eles estão buscando otimizar os serviços em todos os segmentos”, afirma Marques ao ressaltar que foi uma boa coincidência lançar a ferramenta em ano eleitoral. “A SAP sempre segue um plano de lançamento e para nós foi uma grata coincidência ser um ano de eleição. A nossa nova solução está chegando num ano aquecido, pois 2009 foi um período de uma certa contenção, as empresas estavam segurando seus investimento por conta da crise e esse ano é de realização e não queremos perder o tempo.”
Expectativas
O objetivo da SAP é ter referencias ainda esse ano para poder aumentar a sua cobertura com a solução front-office o quanto antes, alcançando uma média de quatro clientes até o final do segundo semestre. Assim, a ideia é já ter as estratégias consolidadas em 2011 e parceiros capacitados para se começar a falar de crescimento.
“Esses sistemas estão inteiramente ligados em termos de infraestrutura e com o passar dos anos estaremos cada vez mais qualificados para realizar eventos como a Copa do Mundo. Tem uma série de coisas por traz que o País tem que fazer para realizar esses eventos e estamos tendo a oportunidade de trazer soluções para o Brasil que só tínhamos lá fora e agora podemos trazer e oferecer para o mercado”, afirma Marques.
Estimativas
Um estudo realizado pela SAP com uma consultoria de mercado estima que entre 2009 e 2013 o setor de saúde na Europa aumente em 7% os custos com TI em saúde. Já os Estados Unidos devem crescer 12%, enquanto no Brasil o aumento deva estar entre 9% e 13%.
“O crescimento estimado é maior no Brasil porque o nível de maturidade dos países da Europa e dos Estados Unidos é maior do que o encontrado aqui. Eles já gastaram o que tinha que ser gasto com TI em saúde e agora eles se encontram num outro momento”, afirma o vice-presidente global da vertical de saúde da SAP, John Papandrea.
Segundo o executivo, o estudo mostra ainda que em 2013 o setor global de saúde vai investir cerca de 8,5 bilhões de euros em TI.
Tendência
Para Papandrea, a tendência nos próximos anos é a mobilidade e soluções de prevenção. Nos Estados Unidos, por exemplo, já existe uma pequena adoção do Medical Home – sistema que permite a integração entre hospitais e consultórios médicos e a mobilidade dos profissionais acessarem os dados dos pacientes de casa.
“O Brasil ainda está em fase de capacitação de hospitais e deve evoluir com o tempo. Mas a tendência com certeza é a portabilidade e os cuidados para manter as pessoas saudáveis antes mesmo delas precisarem dos hospitais.”
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