Hoje em dia as pessoas vivem muito mais que antigamente. Em 1980, segundo o IBGE, a idade média era 62 anos. A referência, hoje, para o mercado nacional de seguros de vida e previdência é de, em média, 86 anos para o homem brasileiro e 89 anos para a mulher. Foi pensando em oferecer à população com mais de 65 anos um atendimento focado na preservação da autonomia e da independência, a partir de ações preventivas de saúde, que o Grupo Santa Celina desenvolveu, há três anos, o projeto VIVA – Vida Idosa = Vida Ativa.
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A saúde no Brasil ainda tem a oferta escassa. O avanço da população idosa somado ao crescimento da expectativa de vida colabora para o aumento dos gastos com saúde e, consequentemente, vem fazendo com que os recursos limitados do setor se tornem cada vez mais difíceis, diz a diretora executiva do Santa Celina, Ana Elisa Alvares Corrêa de Siqueira.
O modelo de saúde do Canadá e dos Estados Unidos, que tem o atendimento à população da terceira idade baseada na coordenação de cuidados de uma equipe multidisciplinar, foi a inspiração para o VIVA. Com investimentos de R$ 2,7 milhões, o Santa Celina criou sistemas de apoio para aprimorar a entrada do paciente e dar mais um passo rumo à Gestão Integrada de Saúde (GIS). Basicamente, a ideia é identificar a necessidade de algum tratamento preventivo.
Além do investimento em tecnologia, o grupo contratou equipes multidisciplinares, que foram treinadas e acompanhadas por geriatras, e passou a acompanhar essa carteira em parceria com uma empresa de atuários. O programa visa melhorar a qualidade de vida dos usuários através da manutenção da sua independência, reduzindo a curva acentuada do declínio funcional de seus participantes, ressalta Ana Elisa.
Outra parte do projeto é o portal para a terceira idade, o Viva Sênior, com dicas de saúde e de lazer, focado na promoção da autonomia da terceira idade. Atualmente disponível para São Paulo e Rio de Janeiro, Ana Elisa conta que a intenção é expandir para Belo Horizonte, Curitiba e Brasília ainda este ano e não descarta outros lugares em breve.
Os clientes ainda não conseguem enxergar isso como um benefício, diz Ana Elisa. Para conquistar esse objetivo, além de divulgação, a diretora aposta em novas integrações para popularizar o programa. Um próximo passo pode ser a criação de um hospital de transição, que não é nem um homecare, nem um hospital eletivo. É até uma área carente de atendimento, um hospital que atenda crônicos e faça essa transição de cuidados para que o paciente vá para casa e não interne mais, vislumbra.
*Essa reportagem faz parta da revista Saúde Business (dez/14), que traz o estudo completo Referências da Saúde 2014, CLIQUE AQUI