O Multaq previne os sintomas e as hospitalizações recorrentes, embora os estudos “não sejam convincentes” de que reduza as mortes, como a Sanofi havia solicitado, informou a Food and Drug Administration (FDA) num relatório de 892 páginas, postado ontem na internet. O painel consultivo vai considerar as conclusões quando votar nesta semana se o medicamento deve ou não ser vendido nos Estados Unidos.
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O novo produto pode ajudar a farmacêutica, com sede em Paris, a acompanhar o ritmo de outras empresas do setor e enfrentar a nova concorrência para seus medicamentos Lovenox e Plavix. O presidente Chris Viehbacher, que assumiu o cargo na Sanofi em dezembro, vindo da GlaxoSmithKline, diz que está mais interessado na ciência inovadora do que em participar das fusões de larga escala que transformam o setor global de medicamentos.
“O Multaq, da Sanofi, tem chance razoável de aprovação, e pode aumentar o impulso positivo criado pelo novo presidente”, disse James Knight, analista da Collins Stewart, em Londres, numa nota enviada para os clientes em 9 de março. Ele estimou que as vendas anuais do medicamento alcançarão o auge de ? 1,1 bilhão (US$ 1,4 bilhão).
Médicos e cientistas que fazem parte da Comissão Consultiva de Produtos Renais vão debater o Multaq, conhecido quimicamente como dronedarone, na reunião de 18 de março em Adelphi, Maryland. O medicamento foi concebido para tratar pacientes com histórico de fibrilação atrial, ou palpitação atrial, ambas marcadas por ritmo rápido na câmaras superiores do coração. A fibrilação atrial também causa batimento irregular e afeta uma estimativa de 2,5 milhões de norte-americanos, especialmente aqueles com 60 anos ou mais. É bem mais comum do que a palpitação atrial.
Três doenças aumentam o risco de complicações e mortes e a Sanofi informa que há necessidade de novos medicamentos para melhorar os resultados de longo prazo em vez de só oferecer alívio de sintomas no curto prazo.