Há pouco mais de uma semana, o Apple Watch, o primeiro relógio da Apple, foi oficialmente lançado. Esse é o primeiro novo produto anunciado pela empresa desde a morte de Steve Jobs, em 2011, e da posse de seu sucessor, Tim Cook.

O relógio da Apple tem sido alvo de diversas críticas, positivas e negativas, vindas de diferentes fontes. Mas, o que os sites de tecnologia americanos, que tanto pesquisaram e foram atrás de previsões, acharam do lançamento?

Existem diversas divergências em relação ao anúncio do relógio da Apple. O site Venturebeat, por exemplo, disse que o fundador da companhia, Steve Jobs, não aprovaria o produto. Já o site Mashable publicou um artigo dizendo que esse é, enfim, o começo da era Tim Cook na empresa.

O redator do site Venturebeat, Ross Rubin, comparou o produto com o iPhone, dizendo que o relógio da Apple é simplesmente uma versão menor e mais descolada de seu telefone. Segundo ele, a maior diferença entre os dois aparelhos é o número de modelos sendo lançados de uma só vez. A companhia anunciou três versões do produto: o Apple Watch, o Apple Watch Sport e o Apple Watch Edition.

Com a mesma opinião, o analista da Technalysis Research, disse ao Venturebeat: ”Sim, é um bom relógio, mas tem o mesmo problema que o resto da categoria enfrenta. Ou seja, não faz muitas coisas que o telefone já não faça”.

Segundo o analista da Current Analysis, Avi Greengart, é melhor que o público espere o lançamento da segunda versão do produto. Para ele, a Apple lançou um produto às pressas e longe da perfeição. Greengart acredita que os erros serão corrigidos quando o primeiro relógio da Apple foi vendido e eles começarem a pensar no segundo.

Por outro lado, alguns colunistas do Venturebeat parecem discordar da opinião de seus colegas. O colunista do site, Ash Kumar, escreveu um artigo listando as razões pela qual ele acha que o produto é disruptivo. Entre eles, a conectividade, os novos serviços, a grande base de usuários, a conectividade com o iPhone, entre outros.

O colunista do site TechCrunch, Kyle Russel, disse que os usuários do relógio da Apple se dividirão entre os poderes aquisitivos, simplesmente baseados na estética do produto. ”Parece também que a Apple não está somente fazendo um modelo bonito com materiais caros e assumindo que as pessoas ricas irão comprá-lo, e sim diferenciando a experiência de possuir um dispositivo Apple Watch Edition”, disse ele.

Outro colunista do TechCrunch, Darrell Etherington, se questionou sobre quanto tempo as pessoas irão passar navegando em sua interface e quanto tempo as pessoas os usarão mais como um dispositivo de monitoração passiva e notificação.

Para o site Mashable, o calcanhar de Aquiles do relógio da Apple pode ser a bateria. Muitos outros sites criticaram esse problema no produto apresentado. O site ainda recebeu depoimentos de especialistas em tecnologia sobre o aparelho.

Waqas Makhdum, o vice presidente de marketing na empresa de soluções móveis Kii disse ao site que, com o tempo, o relógio da Apple virá com a maioria das ferramentas necessárias disponíveis em rastreadores de fitness. ”Combinando isso com um conjunto rico de aplicativos de terceiros, você verá os rastreadores de fitness seguindo o mesmo destino como dispositivos portáteis de GPS”, completou.

”Ter uma empresa como a Apple proclamar que a saúde e o fitness é uma estratégia importante para seus negócios é tanto assustador quanto excitante. Assustador porque significa que o patamar da inovação está bem alto, mas excitante porque a Apple se compromete à uma categoria quando está prestes a se tornar realmente popular”, disse o CEO da RunKeeper, Jason Jacobs.

Apesar de dividir opiniões, tenho que concordar com Jacobs. Apesar dos problemas apresentados no seu primeiro Apple Watch, o fato da empresa estar se dedicando à saúde representa mudanças significativas no setor. A companhia americana é realmente criadora de tendências, e esperamos que os últimos lançamentos em relação à saúde e fitness impulsionem as outras empresas a fazerem o mesmo.