A primeira plataforma brasileira com o cadastro de pesquisas clínicas realizadas em seres humanos estará disponível na internet, segundo informpu o Ministério da Saúde. Nesta quinta-feira (16), o Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), lançou a nova ferramenta, em Brasília. Além da divulgação de estudos, o Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (Rbec) servirá também para recrutar voluntários que queiram participar das pesquisas sobre tratamentos, medicamentos, análise de procedimentos, entre outros temas da saúde.
Para o secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos, Reinaldo Guimarães, a criação de um registro público nacional será um marco no setor e dará maior transparência à divulgação dos estudos, além de ampliar o acesso.
O Rbec utiliza um software livre na plataforma, desenvolvido pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) da Opas. Segundo o órgão, é a primeira plataforma de ensaios clínicos com tecnologia completamente gratuita o que possibilita que qualquer pesquisador acesse a nova ferramenta, aumentando o potencial de utilização.
Com investimento de US$ 130 mil na sua criação, a expectativa é que 200 estudos sejam registrados por ano.
“Além de ampliar o acesso e dar maior transparência na divulgação dos estudos, a plataforma deverá colocar o Brasil entre os países que são referência no registro de pesquisas com seres humanos”, afirmou o Ministério em comunicado. A plataforma brasileira é trilingue (português, espanhol e inglês) e estará aberta também a estudos estrangeiros.
A expectativa do Ministério da Saúde é que, no início do próximo ano, o site seja reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como plataforma de registro primário de ensaios clínicos. Atualmente, existem 11 plataformas com essa certificação no mundo. Elas são responsáveis por enviar dados para o banco da OMS, que disponibiliza os estudos na internet.
Investimento em pesquisa
O investimento na área de pesquisa, realizado em parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia e fundações estaduais de amparo à pesquisa, foi de R$ 700 milhões entre 2003 e 2009. A perspectiva para este ano é investir R$ 80 milhões.
Esses recursos foram destinados a mais de 3,6 mil estudos, envolvendo cerca de 400 instituições acadêmicas. Além do amparo a projetos isolados, o Ministério informou que os investimentos foram aplicados na estruturação de redes de pesquisa, como as Redes de Pesquisa em Malária e Dengue e as Redes Nacional de Terapia Celular e de Pesquisa Clínica.
A Rede Nacional de Pesquisa Clínica foi criada em 2005 e conta, atualmente, com 32 centros em funcionamento nos hospitais de ensino no país.
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Saúde cria primeiro cadastro nacional de estudos clínicos
Plataforma brasileira amplia o acesso a pesquisas com seres humanos e ajuda no recrutamento de voluntários
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