É bastante comum vermos conteúdos bem humorados nas timelines das redes sociais e muitas vezes os números de compartilhamentos e likes impressionam. Por que o humor engajam tantos usuários?

O especialista Jonah Berger – autor do livro: Contágio, porque as coisas pegam – estudou por mais de dez anos o comportamento dos internautas e concluiu que conteúdos de humor são excitantes. Ou seja, diante de algo engraçado o corpo reage, esquenta e isso faz com que as pessoas passem a mensagem adiante. Entende agora porque o canal Porta dos Fundos faz tanto sucesso?

Mas empresas da área de saúde podem lançar mão desse recurso para tornar seus produtos e serviços mais conhecidos do público? Isso é ético?

Se levarmos em consideração que o negócio da área envolve o bem mais precioso do ser humano: a vida, fica difícil imaginar o uso adequado de humor e empresas que optam por esse caminho devem dosar as mensagens e devem avaliar se ela pode ser interpretada como ofensa ou piada de mal gosto.

Porém, usar o humor com a equipe interna – respeitando as regras de ética –  pode ser algo bom para fixar conhecimento. Nos nos Estados Unidos, um quiz realizado com uma equipe de coloproctologistas foi um sucesso. Ao perguntar:  “Where can patients experience a “Kinder Colonoscopy?” (Onde os pacientes podem ter uma experiência mais agradável de colonoscopia?) e apresentar como respostas: a. Facebook; b. Colon & Rectal Specialists; c. Disney World; d. Walmart. O questionário gerou comentários duradouros entre os membros da equipe. Foi uma excelente forma de propagar a importância do trabalho desses profissionais.

Aprofunde seus conhecimentos sobre a ética e área da saúde

Sem dúvida, o humor torna tudo mais leve, as pessoas ficam animadas, isso gera mais comentários e mais boca a boca (compartilhamento de informação), mas para ser bem usada por clínicas, laboratórios e hospitais, deve passar por um crivo de forma que isso não pegue mal para clientes e para o público final.