Sinistralidade, demanda e necessidades no setor da saúde. Com foco nestes três temas, representantes dos principais hospitais brasileiros se reuniram para discutir modelos de acessibilidade mais eficientes e menos onerosos. O debate foi conduzido pelo superintendente do Hospital Sírio-Libanês, Gonzalo Vecina, no segundo dia do Saúde Business Forum, que apontou um caminho possível: ?Ttemos que investir na pré-doença, do contrário, tratar a doença sai muito caro?.

O sistema atual de gestão nos hospitais, que ainda se foca na sinistralidade e a forte intervenção do Estado foram apontadas como desafios do setor. Para a presidente da Unidas, Iolanda Ramos, o sistema atual é como um parque de diversões. ?O paciente compra o ingresso e brinca em todos os brinquedos?, completou.

A razão desse sistema problemático, segundo o diretor do Hospital Universitário Cajuru, Cláudio Henrique Lubascher, está no enfoque total do atendimento à saúde no hospital. Além disso, o país ainda está se adaptando ao processo de urbanização, que começou há 30 anos e que levou milhões de pessoas a serem atendidos em hospitais nas capitais. ?Somente quando todos tiverem consciência da necessidade de distribuição dos recursos, ou seja, investir em saúde básica e prevenção, é que a situação pode mudar”, comentou Lubascher. O diretor superintendente do Hospital São Vicente, Marcial Ribeiro, concorda que a falta de programas de prevenção tem atingido negativamente os números da saúde no Brasil. ?Tanto hospitais como planos de saúde têm que se preocupar com isso.? Mas João Gregório Penido Filho, Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama, lamenta que poucos gestores pensem de uma forma macro. ?Cada um pensa na sua própria sobrevivência.? Para Vecina, embora o mercado não tenha encontrado soluções fáceis para o sistema, ainda há esperança para a saúde brasileira, tanto pública como privada. ?Se transformamos diversas áreas da nossa economia, por que isso não pode acontecer também na saúde??

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