Contrato exclusivo com hospital de Estocolmo garante implantação de teste molecular para detecção do vírus HPV, que provoca o segundo tipo de câncer que mais mata as mulheres no mundo
A Roche obteve contrato exclusivo com o Hospital Universitário Karolinska, em Estolcomo (Suécia), para fornecer o teste de diagnóstico do papilomavírus humano (HPV) para a triagem primária em mulheres. Trata-se de um avanço no combate ao câncer do colo de útero, sobretudo em termos de saúde pública, uma vez que o teste é capaz de identificar os genótipos mais graves do vírus responsáveis pelo desenvolvimento da doença e tem eficiência de 95% no diagnóstico.
Esta é a primeira grande licitação na Europa para o rastreamento de HPV em mulheres a partir do teste molecular da Roche, com o sistema cobas 4800, capaz de identificar os subtipos virais mais graves. O programa piloto de rastreio marca o início da triagem do HPV na Suécia e será iniciado em novembro deste ano.
Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, com mais de 47 mil mulheres, o teste papanicolau, utilizado atualmente como principal recurso para diagnosticar a infecção por HPV, tem sensibilidade limitada para identificar os subtipos mais perigosos do vírus. O HPV é o grande responsável pelos casos de câncer de colo de útero, que é a segunda doença responsável pela morte de mulheres no mundo todo.
O sistema cobas 4800 já está disponível no Brasil em grandes laboratórios para teste molecular do HPV, porém ainda não é utilizado como exame de rastreio do vírus. No país, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do HPV possui estudos em andamento com mulheres em hospitais de São Paulo e no interior paulista, para avaliar a possibilidade de oferecer ao governo resultados que possam propor novas modalidades de controle e prevenção do câncer de colo uterino, já que um dos principais pontos de melhoria para a prevenção e controle dessa doença é a precisão do diagnóstico.
“A Roche está empenhada em fornecer soluções que impactem positivamente na vida de muitas mulheres. Demonstramos em estudos clínicos que uma em cada dez mulheres com citologia normal, mas infectadas com genótipos de HPV 16 e/ou 18, já tinham lesões pré-cancerosas. Essas mulheres poderiam ter retornado para suas casas sem o acompanhamento necessário se tivesse sido feita apenas a citologia convencional”, afirmou Daniel O’Day, diretor global de operações da Roche Diagnóstica. “Com nosso novo teste de HPV, no diagnóstico primário, na Suécia, esperamos reduzir o número de mulheres não detectadas já no estágio inicial, facilitando a intervenção antes do desenvolvimento do câncer cervical”, completa.