Um estudo realizado por dois pesquisadores brasileiros, e publicado recentemente na Revista Brasileira de Ciências Ambientais, estima que somente a cidade de São Paulo pode gerar 7,5 toneladas por dia de resíduos potencialmente contaminados e descartados em conjunto com o lixo doméstico. Em meio a estes resíduos estão aqueles gerados pela assistência médica domiciliar.
O estudo, feito por Antonio de O. Siqueira, da Prolab Ambiental, e Ângelo J. Consoni, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), busca contribuir para a área de gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde (RSSS), e aborda a geração dos RSSS na assistência domiciliar e propõem a elaboração de um manual de procedimentos para o manejo destes resíduos.
Embora o serviço de assistência domiciliar venha crescendo de forma significativa ? em torno de 1.535 empresas, segundo pesquisa publicada em 2013 pelo IBGE ? e apesar das indicações dos cuidados que devem ser tomados com os resíduos sólidos em ambiente domiciliar, empresas e profissionais que prestam esse tipo de assistência ainda pecam no correto gerenciamento. Questões financeiras ou mesmo pela falta de conhecimento são apontadas como causas.
Os resíduos sólidos dos serviços de saúde, em especial da assistência domiciliar, tem como principais componentes: secreções, excreções, materiais utilizados em curativos, exsudato e demais líquidos orgânicos procedentes dos pacientes, restos de medicamentos, materiais perfuro-cortantes e demais materiais contaminados.
Porém, boa parte do gerenciamento dos resíduos é feita apenas para os perfuro-cortantes, que têm uma produção não significativa, se comparada aos demais componentes.
O artigo completo pode ser visto no site da Revista Brasileira de Ciências Ambientais.