Segundo o Instituto de Pesquisas Datafolha, 12% dos brasileiros sofrem de refluxo gastroesofágico, o que equivale a 20 milhões de pessoas. O refluxo caracteriza-se pelo retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago, e causa uma sensação da volta dos alimentos no sentido da boca.

De acordo com o gastroenterologista, Dr. Marcelo Rezende, chefe da cirurgia geral do Hospital Daher, os casos mais comuns de refluxo acometem pessoas que já nascem com um defeito anatômico, ou quando há um deslocamento da válvula que mantém o estômago fechado.

Essa válvula fica na transição do esôfago gástrico e abre-se para a comida descer ao estômago, e depois fecha-se para evitar que alimentos e sucos gástricos voltem ao esôfago. Porém, a válvula pode afrouxar-se devido a alguns fatores como: obesidade; hábitos alimentares inadequados, como ingestão de grandes quantidades de alimentos; a ação de comer excessivamente e logo se deitar; consumo excessivo de bebidas alcoólicas; cafeína e cigarro.

Os sintomas da doença são: azia, tosse, rouquidão, irritação da garganta e, algumas vezes, asma. O refluxo pode causar também dor no peito, que às vezes é confundida com os sintomas do infarto do miocárdio: “Muitas pessoas com este sintoma procuram os hospitais, certos de que estão tendo um infarto”, afirma o doutor Marcelo.