A cada momento somos alcançados por noticiários sobre novas revoluções científicas, tecnológicas e industriais, o mundo globalizado está passando por uma renovação acelerada, e o que ontem era novidade e inovação, hoje já é de domínio comum.
O avanço do conhecimento humano tem evoluído de tal maneira nos campos da informática, biologia molecular, genética humana, telecomunicações, psicologia transpessoal, neurociência e neurolinguistica, que certamente estamos recriando o mundo. Um novo mundo que nos faz pensar e agir de forma diferente, mas da maneira que o próprio Universo age, ou seja, através de redes de interconexões.São redes inteligentes, neurais, de relacionamento, rede de serviços, redes de informações, redes de trabalhos, redes sociais etc..
Tudo parece novo, mas na realidade agora é que estamos nos aproximando do verdadeiro conhecimento que existe desde a criação. O Universo com suas interações cosmológicas, e especialmente o corpo humano como um verdadeiro sistema de redes, o fluxo do sistema circulatório, o código genético (livro genético), o cérebro, as sinapses, o transcendente da cognição, o transcendente da matéria, o espiritual, enfim tudo que foi criado, o foi no formato de sistemas e de redes ou cadeias de interconexões que interagem e se relacionam entre si. Essa é uma constante universal, ou seja, as redes e os seus relacionamentos.
Mas, o que isso tem com a questão de gestão empresarial. A resposta, como se diz no estilo popular, tem tudo a ver. Recentemente o artigo do jovem Matthew Robson, de 15anos e estagiário do banco americano de investimentos Morgan Stanley (Revista VOCESA de agosto de 2009) ganhou repercussão internacional por apresentar na linguagem dos jovens, como eles interagem em relação as inovações tecnológicas e como se utilizam dessas ferramentas disponíveis na internet, e isso é uma preciosa fonte de informações para investidores em tecnologias.
Essa informação em particular, nos leva a pensar como isso seria possível no sistema de saúde (publico e suplementar), objeto de nosso interesse em particular. Bem!!!, isso nos faz refletir de como a área de gestão em saúde, e em particular, no segmento das organizações filantrópicas ainda tem muito a caminhar, muito a acelerar para tirar o gap da diferença com as demais áreas.
No sistema de saúde suplementar no país tem-se observado que as operadoras do segmento de medicinas de grupo têm desenvolvido um modelo de gestão de forma inovadora, com estabelecimento de redes próprias não apenas para gestão, mas essencialmente para prestação de serviços, aplicando sistemas de informações plenamente integrados, tanto em suas unidades próprias quanto na rede credenciada, e com isso integram gestão com assistência, planejamento com controle, estratégias com ação, recuperação com prevenção em saúde, tudo em tempo real.
O sistema Unimed é o que tem o melhor conceito de rede de atendimento em saúde suplementar, estando presente em todo o território nacional com mais de 15 milhões de usuários e o seu sucesso está na capilaridade e no forte conceito de marca de REDE UNIMED, mesmo que cada operadora seja uma singular, mas o Institucional é todo concebido ao nível de rede nacional Unimed. Deste modo, o sistema de gestão Unimed tem atuado de forma corporativa, destacando-se
- Planejamento Estratégico Institucional
- Ampla rede própria e credenciada para prestação de serviços
- Marketing Institucional e de Marca centralizado
- Universidade corporativa na Fundação Unimed.
- Plataforma de serviços compartilhados (inclusive para brindes, agendas, serviços especiais e até para alta tecnologia)
- Seguradora Nacional
- Central Nacional para planos de abrangência nacional
- Orientação integrada aos recursos próprios
- Núcleos de Especialidade e Núcleo Estratégico, para o desenvolvimento de políticas e estratégias para todo o sistema.
- Cooperativas de credito – Unicred
Obviamente cada cooperativa mantém a sua singularidade em suas peculiaridades patrimoniais, funcionais e operacionais, mas nas questões de marca, estratégias, marketing Estratégico e Institucional, Relacionamento e responsabilidade ética e social, e desenvolvimento em geral, a orientação é sempre institucional a nível nacional, daí a importância da Unimed Brasil em terceira instancia e das federações estaduais e regionais em segunda instancia.
No segmento filantrópico observa-se a maior rede de prestadores de saúde (hospitais filantrópicos, Santas Casas e entidades beneficentes) com o maior numero de leitos, entretanto, ainda carece de instrumentos para se potencializar como verdadeira rede integrada de saúde, mas muito tem sido feito nesse sentido e muito ainda há por se fazer. O segmento filantrópico de saúde precisa observar e até buscar nos demais segmentos de saúde suplementar (medicinas de grupo e especialmente Unimed) os paradigmas e os instrumentos que possam acelerar o seu desenvolvimento.
Certamente a questão de desenvolvimento da marca e o marketing institucional integrado utilizado pelo sistema Unimed pode servir como bom exemplo. Ou seja, divulgar nacionalmente a marca e o marketing institucional estratégico a partir do comando central. Na questão de ensino, desenvolvimento de gestão estratégica e de preparo de profissionais para assistência, gestão, controladoria e auditoria o modelo da Universidade Corporativa da Fundação Unimed cabe como uma luva para o segmento dos filantrópicos. Outro modelo de Universidade Corporativa que pode ser utilizado é o da OCB Organização das Cooperativas do Brasil em especial com a SESCOOP.
No que tange ao sistema de plataforma de serviços para gestão, a própria Organização de representação nacional dos filantrópicos tem condições de promover, espelhando-se em outras plataformas de serviços compartilhados, como no caso das Unimed e de outras organizações que mantém sites de consultas de preços, centrais de compras, centrais de negociações de OPME, Institutos de consultoria (como no caso do Instituto Humanizar em Minas Gerais), Centrais de consultorias e auditorias, informatização padronizada e integrada subsidiada por governos e institutos de fomentos em parceria com empresas credenciadas pelo segmento filantrópico, como está ocorrendo nos Estados do Espírito Santo e em São Paulo, e tantas outras praticas.
Certamente com essas medidas o Sistema dos filantrópicos será alavancado e poderá destacar-se como uma colméia, com Sistema de redes, Universidade Corporativa, Seguradora, Sites de cotações e compras e especialmente com uma excelente plataforma ou centro integrado de serviços – CISS – Centro Integrado de Serviços de Gestão em Saúde.
Essa é a nossa contribuição.
*Valdir Ribeiro Borba é mestre em Administração, administrador Hospitalar Emérito 1990, consultor e docente da Fundação Unimed e consultor em Gestão de Saúde.
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação.
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