Uma pesquisa em andamento feita pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial (SBPC-ML) mostra que 85% dos laboratórios acreditam que os reajustes propostos pelas operadoras de planos de saúde não serão suficientes para cobrir os custos dos serviços. Os demais 15% acreditam que o reajuste atenderá apenas parte da necessidade. Lançada no site da SBPC/ML em janeiro, a pesquisa online e anônima busca estabelecer as propostas da entidade para a Consulta Pública nº 54 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que pretende estabelecer normas de boas práticas na relação entre operadoras e prestadores de serviço (no qual se incluem os laboratórios). O objetivo, diz a entidade, é evidenciar a situação dos contratos enviados pelas operadoras aos laboratórios clínicos. Outro resultado parcial: 67% dos respondentes dizem que uma parte muito pequena (de 1% a 10%) dos contratos está de acordo com as normas da ANS. Cerca de 86% dizem que a agência precisa mediar e regular estes contratos, de modo a manter equilíbrio nas relações e restabelecendo o poder de negociação dos laboratórios, que hoje estariam em desvantagem. Vitor Pariz, diretor de defesa profissional da SBPC/ML, diz que a entidade defende uma maior intervenção da ANS na criação de regras mais claras relacionadas às glosas praticadas pelas operadoras e na atualização das tabelas de valores, sem reajuste ?há aproximadamente 20 anos?.