O Sindusfarq (Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos e Químicos para fins Industriais no Estado de Minas Gerais) realiza seminário sobre rastreabilidade de medicamentos no próximo dia 25 de março, das 9h às 17h, no Hotel Boulevard Plaza, em Belo Horizonte. O evento pretende levar aos profissionais das indústrias farmacêuticas mais informações sobre o Sistema Nacional de Controle de Medicamento, previsto na lei 11.903 sancionada em 2009, e que também teve suas diretrizes e prazos determinadas na RDC 54 divulgada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dezembro último. Na oportunidade estarão presentes também empresas fornecedoras de equipamentos, tecnologia e serviços que irão expor as soluções mais adequadas para as adequações aos participantes.
O novo sistema de rastreabilidade prevê que cada medicamento conte com uma IUM (Identificador Único do Medicamento) e alguns pontos devem ser ressaltados: todos os medicamentos com registros na Anvisa estarão sujeitos à norma, inclusive amostras grátis; As embalagens secundárias de todos os medicamentos, incluindo as embalagens múltiplas, embalagens secundárias para fracionados e embalagens hospitalares, devem conter a IUM; Os medicamentos que não possuem embalagens secundárias devem conter a IUM na primária; E está confirmada a utilização do código bidimensional Datamatrix nas embalagens, que deverá conter no mínimo os seguintes dados que compõe a IUM: Nº de registro do medicamento junto à Anvisa, Nº serial, Data de Validade e Lote.
O gerente da divisão de codificação industrial da Sunnyvale, Wagner Gennari, explica que é preciso fazer análise das superfícies onde se aplicará a IUM antes de investir em equipamentos. “Hoje estão disponíveis três tecnologias que atendem a praticamente todas as necessidades da indústria farmacêutica para fins de rastreabilidade: Termo Ink Jet, Laser e Termotransferência. O importante é procurar os especialistas para identificar a melhor aplicação para esta codificação”, acentua. A Sunnyvale é parceira da fabricante inglesa Domino Printing, que tem seus equipamentos instalados em países que já utilizam a rastreabilidade e servem de referência, exemplos de Turquia e França.
O diretor da T2 Software, Rodrigo Klein, será um dos que apresentará soluções voltadas a estes projetos e falará sobre o sistema a ser implementado nas indústrias farmacêuticas. A empresa está debruçada em projetos pilotos antes mesmo da aprovação da lei, o que facilitou no entendimento das diretrizes no desenvolvimento do sistema Pharmatrack focado na rastreabilidade e que abrange desde as operações relacionadas à produção até as operações logísticas tais como, picking, agregação, despacho, armazenamento e recebimento. “A parte tecnológica ainda gera muita dúvida. Mas desenvolvemos o Pharmatrack com base nas diretrizes dadas ao longo destes cinco anos, após a lei ser sancionada, e conseguimos atender todas as demandas para estes projetos”, explica Rodrigo.