Estamos nos aproximando de alguns dos melhores blogs de empreendedorismo na web, e o post de hoje é de John O’Farrell do blog a16x.com – o primeiro de uma série de quatro posts, discutindo sobre como começar um negócio global.
Se o nome soa familiar, é porque esse irlandês é um dos sócios do VC Andreessen Horowitz, um fundo de US$ 950 milhões, na Califórnia. Ele estava envolvido em uma série de startups de alto nível, incluindo @Home Network e a empresa de software Opsware.
Mas é o para o seu projeto global de startups que vamos dar um olhar mais próximo.
Como observa O’Farrell, a expansão é uma opção que pode conter surpresas perigosas.
“Fiquei impressionado, mas não surpreso, por quantas pessoas tem buscado conselhos sobre como expandir internacionalmente”, diz ele. “Não surpreendeu porque para muitas empresas jovens uma expansão internacional com M&A é algo fácil em termos de conceito, mas a realidade é que é muito difícil de executar bem.”
É claro, uma fatia do bolo do mercado externo é difícil para os empresários de resistir. Com a economia dos EUA em decadência, a florescente classe média em países como a China (população de 6.965.900 mil), Índia (pop. 1.210.193.422) e Brasil (pop. 192.734.694) é cada vez mais atraente para as startups americanas.
Então, o que O’Farrell recomenda para os empresários que pensam globalmente?
Para começar, O’Farrell aconselha fazer dessas questões fundamentais uma prioridade:
Estabelecer as bases da expansão a partir do momento que você começar a sua empresa.
Lançe a nível internacional com um dono, uma estratégia e um plano.
Aplique alguns princípios fundamentais e melhores práticas uma vez que você lançou.
O’Farrell diz que empresários americanos que almejam o exterior tem um vantagem:
Eu cresci na Irlanda. Com uma população de apenas 4,5 milhões, é um mercado pequeno – empresários irlandeses têm de pensar fora de suas fronteiras desde o início. Em relação aos seus homólogos da Irlanda, o empresário americano nasce em berço de ouro. Ele tem o luxo de um mercado interno enorme – 300 milhões de consumidores abastados, 30 milhões de empresas, uma língua, uma moeda, uma cultura, um sistema jurídico – de mar a mar, esperando pelo seu produto. Inicialmente, isso é uma enorme vantagem que lhe permite construir uma empresa de dimensão significativa, sem nem mesmo precisar de um passaporte. O Google disparou a partir de zero para quase US$ 350 milhões na receita em quatro anos – 80% oriundo do mercado dos Estados Unidos.
O problema é que as bolsas no exterior têm suas próprias regras, suas próprias estruturas de impostos e finanças, e seu próprio conjunto de regulamentos. É por isso que preparar o terreno é tão vital, diz O’Farrell.
Ele cita as declarações de missão globais a partir de quatro grandes empresas globais – que incutem a expansão na missão da empresa desde o início.
Google: Organizar a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil.
Nike: Trazer inspiração e inovação para todos os atletas do mundo.
Avaya: Oferecer as melhores soluções em comunicação do mundo que permitam que as empresas atinjam a excelência.
Facebook: Dar às pessoas o poder de partilhar e fazer o mundo mais aberto e conectado.
O’Farrell sugere após a declaração de missão global, a contratação de alguns bons talentos no exterior. Trinta por cento do seu gerenciamento e de engenharia deve ter experiência internacional, e novos membros do conselho devem ser nomeados a partir de locais no exterior, diz ele.
Aqui estão algumas outras dicas de O’Farrell:
Desde o início, tente acompanhar os desenvolvimentos relevantes nos principais mercados no exterior:
De que países estamos recebendo o maior tráfego em nosso website? Por quê?
Pergunte a seus funcionários que são cidadãos de outros países para mantê-lo informado sobre o que está acontecendo em sua terra natal, eles terão o maior prazer em fazê-lo.
Pelo menos uma vez por ano, faça um esforço para passar alguns dias na Europa, ou no Brasil, na Índia ou na China. Você vai voltar com uma centena de novas idéias.
Fale com os concorrentes locais, clientes, parceiros, investidores.
O mercado global está se desenvolvendo igual ou diferente do mercado doméstico?
Quais dos players locais que estão surgindo precisamos ficar de olho?
Que lições podemos tirar dos clientes para melhorar o nosso produto ou estratégia de mercado?
Quem pode ser um grande parceiro local para uma parceria?
Reforçe a mensagem de liderança global em todas as reuniões, e-mails da empresa, avaliações de desempenho, passe a mensagem da forma que puder e continue fazendo isso!
O nosso mercado é o mundo!
Defina algum tempo para discutir a expansão internacional em revisões trimestrais ou planejamento estratégico.
O’Farrell tem muito mais a dizer sobre o tema, e toda a série vale a pena conferir.
Para os donos de startups de saúde que procuram expandir seus produtos no exterior, é uma leitura obrigatória.
Fonte: Medcity News