No ano passado, 2.677 médicos recém-formados fizeram o exame do Cremesp. Do total de avaliados, cerca de 1.511 não alcançaram a margem de acerto mínimo na prova realizada pela Fundação Carlos Chagas (FCC).  A finalidade da prova compreende a identificação do conhecimento básico na área.

O levantamento do CREMESP mostra que as escolas privadas (66,3%) tiveram maior percentual de reprovação que os cursos públicos (37,8%).

O Cremesp irá encaminhar para as instituições de ensino o resultado individual da avaliação, entretanto as respostas de algumas questões devem servir como um alerta, uma vez que o pior desempenho foi na área de saúde pública e epidemiologia, com erros que vão desde interpretar um exame de radiografia até não saber diagnosticar e administrar a condução terapêutica para casos de  hipertensão e doenças respiratórias.

De acordo, com Mauro Gomes Aranha Lima, Presidente do Cremesp, a prova é fundamental porque é através dela que o novo profissional vai demonstrar se é capaz de desenvolver o raciocínio clínico, discernindo as doenças mais predominantes na população.

O exame é facultativo, mas alguns hospitais e secretarias de saúde utilizam o resultado como um dos critérios de contratação.

O Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior-(Semesp) considera o teste inconsistente e que o mesmo não retrata a realidade dos cursos de medicina do Estado.

Em contrapartida, o presidente do Cremesp afirma que a divulgação dos resultados, não tem o propósito de causar mal-estar entre a população, e sim sensibilizar os governantes e legisladores sobre a necessidade de tornar o exame obrigatório para todo país, para que novos critérios de fiscalização sejam adotados pelo Ministério da Educação (MEC).