Ao olhar para trás, certamente 2013 será lembrado como o ano em que o termo “BIG DATA” entrou definitivamente na pauta das empresas e passou a ser tema obrigatório em todo painel que esteja discutindo tecnologia. Na área de saúde, a capacidade de analisar grandes quantidades de dados de pacientes e a partir destas informações tomar decisões que melhoram a saúde dos pacientes ou reduzem os custos dos atendimentos tem levado a grandes empresas como a IBM a investir neste segmento e incentivado muitas startups a desenvolver soluções nesta área.
Na Conferência Health 2.0 2013, que ocorreu de 29 a 02 de Outubro em San Francisco, aplicações usando BIG DATA estiveram presentes todos os dias e trouxeram reflexões interessantes. Imagine, que você consiga ver espacialmente todos os pacientes de uma população e posteriormente consiga visualizar somente os pacientes de alto risco. A partir deste mapa, você passa a identificar onde está localizada espacialmente a população de risco e pode identifcar padrões que auxiliem a tomada de decisão, como a informação que pacientes de alto risco cardiovascular se localizam predominantemente num bairro da cidade de São Paulo e que esta população tem um custo de saúde quatro vezes maior que a média deste grupo. Isto pode levar à seguradora a instalar um programa de gestão de saúde focando especialmente nesta população, que se localiza nesta geografia, podendo modificar sua mensagem ou suas ações para atingir especificamente estes pacientes.
Uma aplicação interessante mostrada pela IBM é a capacidade de um software auxiliar no diagnóstico de doenças, basaedo na maior probabilidade para cada condição, de acordo com os dados clínicos disponíveis no sistema de prontuário eletrônico. Este sistema nasceu da tecnologia criada para o Sistema de Inteligência Artificial Watson, que venceu o jogoJeopardy e está sendo usado em caráter experimental em diversos hospitais nos Estados Unidos e seu objetivo não é substituir o médico, mas ser um aliado importante no processo de diagnóstico em ambientes críticos.
Outro interessante exemplo, é cruzar dados do seu smartphone, que podem informar à um aplicativo, o quanto você tem se movimentado, qual a distância que você tem percorrido todos os dias, se você tem interagido muito ou pouco com seu smartphone , a fim de determinar se você está com um comportamento atípico para o seu padrão e se isto pode indicar um momento para uma enfermeira ou outro profissional de saúde entrar em contato com você, a fim de checar se você está precisando de ajuda adicional. Esta solução pode parecer desnecessária, mas para pacientes idosos que moram sozinhos, ter informações capazes de detectar alterações súbitas em seu comportamento, que podem indicar depressão ou a descompensação de alguma doença crônica é extremamente importante.
Certamente, BIG DATA trará uma grande oportunidade de trabalho no Brasil para aqueles que estiverem preparados e se interessarem em unir tecnologia com a área de saúde. Tendo visto os investimentos e o interesse de grandes empresas como IBM neste setor, não há dúvida de que estamos no começo de uma fase que pode trazer grandes mudanças para a área de saúde, trazendo os computadores cada vez mais próximos do processo de tomada de decisão clínica na área de saúde.
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