A medicina defensiva, nome dado ao abuso de pedidos de testes e procedimentos por medo de processo de erro médico, custa, em média, $46 bilhões todos os anos nos Estados Unidos. Esta previsão foi feita de maneira indireta, avaliando o comportamento de médicos no país, mas já nos mostra o impacto que isto pode ter nos custos finais do sistema.
Estes valores, se trazidos para per capita, mostram que a média de custo de um paciente foi de $1.695 e, desses, $226, foram gastos desnecessários pela medicina defensiva.
Segundo a visão de alguns jornalistas americanos, os médicos passaram a pedir exames desnecessários sem que ao menos se dêem conta disso. O que é por medo passou a ser rotina clínica e eles não deixam de pedir um exame caso não seja direcionado aos sintomas do paciente. Afinal, “não custa nada”.
No gráfico a seguir, podemos ver que tipos de práticas são mais pedidas sem que sejam necessárias. Pode ser notado, que, nas categorias especificadas, o diagnóstico radiológico é o que é pedido em maior proporção, seguido do diagnóstico cardiológico e do diagnóstico laboratorial. Todos estes apresentam um receio ao erro médico que se reflete em altos custos. Deve-se pensar que o valor do tempo livre de um médico se transforma em capacidade produtiva, ou seja, um paciente com um pedido de exame desnecessário atrasa o procedimento para um paciente que realmente precisa dele.