No evento Café da Manhã da ANAHP, foi discutido o O estágio de hospital digital, de acordo com a HIMSS, é bastante difícil de ser alcançado e, para isso, é necessário um processo gradual de investimento e adoção de tecnologias para chegar a este estágio mais avançado. O modelo de adoção deste modelo (EMRAM) apresenta oito estágios para a transformação de uma instituição paperless. Alguns desafios são mais difíceis que outros, como é o caso do estágio 6, que precisa de um circuito fechado da administração de medicamentos, pois exige que exista um apoio integrado de todo o processo de prescrição medicamentosa com apoio, inclusive, de medicamento administrado para uso domiciliar.

Outro desafio grande é a adoção dos sistemas de apoio à decisão clínica, que envolve 3 níveis: de checagem de erros a otimização dos protocolos clínicos. No nível 1, temos a necessidade da checagem de erros, com baixo requerimento tecnológico; no nível 2, são necessários alertas durante a prescrição com um sistema baseado em regras. Já no nível 3, temos um sistema baseado em regras com alertas disparados de acordo com as anotações no prontuário.

Dentre os benefícios, temos a satisfação dos clientes, a melhoria do tratamento, a informação eletrônica e outras. Segundo Claudio Giulliano, os hospitais no estágio 7 são mais lucrativos, com uma margem operacional maior e menor mortalidade. No Brasil, dois hospitais estão em estágio 6, a Unimed Recife, que já nasceu digital, ou seja, um nativo digital, e o sírio libanês, que tem um desafio que transição muito grande.

Para que estes estágios sejam cumpridos, é necessária uma infra-estrutura de TI que consiga garantir o acesso aos dados e a segurança de todo este sistema. No estágio 1, é necessária a estrutura de lan/wlan para que o sistema não tenha falha e o hospital possa confiar nele. No estágio 2, o repositório clínico para o hospital precisa de um datacenter; no estágio 3, para que a documentação da enfermagem seja integrada, o sistema de lan/wlan também é necessário. Nos estágios 4,5: a infraestrutura necessária entra na parte de segurança; no estágio 6, há os alertas no ponto de cuidado e, para isso, é preciso wireless. No último estágio, segurança é um fator primordial.

Para que haja bom uso de um sistema deste tipo, é necessário que quatro aspectos tenham atenção. São eles: a confidencialidade, para manter a segurança do arquivo, a integralidade, em que todos os dados do paciente devem estar disponíveis, a disponibilidade, em que estes dados devem ser acessados em todos os momentos em que são necessários e, por último, a auditoria e o monitoramento, para saber que usuário acessou que parte do sistema e, claro, garantir segurança.