O V Implanta TISS/TUSS ocorreu na última semana com o objetivo de discutir os padrões de trocas de informação em saúde e de nomenclaturas e obrigações técnicas para este compartilhamento. Nomes como Daiane Maciel, coordenadora da comissão de estudo técnico TISS, Heimar de Fátima Marin, professora titular da Unifesp e Moacyr Perche, Coordenador Geral de Gestão de Projetos na Ministério da Saúde estiveram presentes. As discussões apresentadas no dia resultaram neste artigo.

A troca de informações na saúde suplementar (TISS) é um padrão obrigatório de trocas eletrônicas de dados entre os serviços de Saúde Suplementar. O objetivo é a padronização das ações administrativas, subsídio das ações de avaliação e acompanhamento econômico, financeiro e assistencial das operadoras de planos privados e, por último, composição do Registro Eletrônico de Saúde.

Os desafios para a realização desta troca são: ter 100% da informação emitida eletronicamente, utilização dos formulários e guias de papel somente em casos específicos, capacitação de profissionais para acompanhar a evolução (rápida) do TISS, utilização do código TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar) em 100% das informações, implantação do Registro Eletrônico de Saúde e a disponibilização dos dados à ANS.

Ao utilizar o código TUSS, ainda são encontradas muitas dificuldades, visto que a tabela criada pela ANVISA foi uma junção de diversas tabelas existentes no mercado. Há erros de duplicidade, produtos agrupados, produtos codificados pela metade, referência e/ou descrição do produto incoerente… Estes erros do TUSS podem finalizar em glosa para o prestador de serviços.

A intenção é que o sistema de informação seja inteligente para operar as contas e os processos clínicos pelo profissional de saúde. São necessários padrões de onteúdo(funções específicas, repositórios), vocabulários (diagnóstico, termos, estruturas e relacionamento e codificação), transmissão (mensagens, objetos, XML) e segurança (assinatura digital, legislação).

A ideia é tornar os sistemas interoperáveis, permitindo facilidade na conversa, interpretação e uso dos dados. Veja aqui o vídeo do Moacyr Perche falando sobre interoperabilidade no Brasil na Conferência da Organização Mundial da Saúde.