Nesta terça (30) e quarta-feira (31), médicos, estudantes de medicina e residentes de São Paulo prometem novos protestos contra o Programa Mais Médicos, criado pelo Governo Federal por meio de medida provisória. Em São Paulo a concentração começa às 16h de quarta na Associação Paulista de Medicina (APM), e passará pelas avenidas Brigadeiro Luiz Antônio, Paulista e pela Rua da Consolação, indo até a sede do Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado.
Segundo a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), 22 estados farão paralisações, e mesmo aqueles que não suspenderem o atendimento promoverão algum tipo de manifestação para ?conscientizar a população e pressionar o governo. A mobilização desta semana é preparatória para uma grande marcha à Brasília no dia 8 de agosto, quando ocorrerá uma audiência pública sobre o Mais Médicos no Congresso.
Os médicos querem a derrubada da MP 621, que prevê a abertura de mais vagas em escolas médicas, a contratação de médicos estrangeiros sem a revalidação de diplomas e serviço civil obrigatório para estudantes de medicina, com o acréscimo de dois anos na duração dos cursos para trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). Também protestam contra os dez vetos da presidente Dilma Rousseff no chamado Ato Médico, que regulamenta a profissão de médico.
Novas reivindicações
O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) divulgou que apoia a manifestação de médicos e estudantes de medicina, e levarão outra causa às ruas: o considerado ?sucateamento da saúde pública? e contra a lei complementar 1.193 do estado, do governador Geraldo Alckmin, que instituiu a Carreira Médica no estado. A lei, dizem, trouxe retrocessos em relação a remuneração, gerando inclusive diminuição nos vencimentos de alguns profissionais.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), José Erivalder Guimarães de Oliveira, a lei, sancionada em janeiro, igualou médicos que têm mais de 20 anos de trabalho a recém-formados, enquadrando todos como Médico I.